Opinião

Relançamento das Exportações

EXPORTAÇÕES - uma das muitas questões que se colocam neste momento de pandemia é que mundo teremos no pós-covid19? A realidade é que não sabemos, mas muito provavelmente será diferente do que tínhamos antes. Tem sido comum ouvirmos vozes internacionais em defesa de mais protecionismo em detrimento de mais comércio livre. Aliás, podemos até estar perante a necessidade de salvar o sistema de comércio baseado em regras de uma crise de protecionismo generalizado. É tendo em conta este panorama, que se torna relevante a assinatura do Acordo de Comércio UE- México, mas como podem evoluir as negociações dos acordos de comércio que estão a ser negociados? Iremos avançar a nível europeu e mundial para mais protecionismo ou continuaremos esta aposta no comércio livre e assente em regras como um instrumento para a recuperação da economia europeia e mundial? Tudo indica que a aposta europeia e também nacional será na globalização com regras. Foi criada, todavia, uma consciência europeia e nacional que temos de encurtar as cadeias de abastecimento, que não podemos depender tanto de um só país produtor, e que temos de apostar na reindustrialização europeia. É neste enquadramento que está a ser avançada a estratégia nacional de relançamento das exportações, com o objetivo de impulsionar as vendas ao exterior e atrair investimento estrangeiro. Este é, sem dúvida, um importante plano para apoiar as nossas empresas no pós-pandemia, pelo que reivindiquei na audição na Assembleia a importância do envolvimento ativo das Regiões Autónomas nesta estratégia nacional de relançamento das exportações, apoiando assim as empresas açorianas, nos vários sectores de atividade, particularmente o turismo e a indústria de lacticínios. O Secretário de Estado da Internacionalização salientou que tem sido constante a cooperação com as Regiões Autónomas, tendo a AICEP, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, protocolos com a SDEA, e que será para manter. 2ª TRIPULAÇÃO- conclui-se as audições dos Chefes do Estado-Maior, com o General Nunes Borrego da Força Aérea. O foco foi na resposta à Covid19, mas não podemos ignoraras outras importantes missões que a Força Aérea continua a desempenhar. Assegura, por exemplo, o controlo de aviões militares estrangeiros que necessitem de fazer escalas técnicas em território nacional. Esta foi aliás uma questão que nos preocupou no início da pandemia, mas a Força Área prontamente definiu um conjunto de regras sanitárias acrescidas, adotando a 1 de abril novos procedimentos na Base das Lajes. Além disso, a Força Aérea continua a garantir o serviço de alerta H24, no âmbito de missões de transportes aeromédicos de doentes, de órgãos para transplante, resgates a navios, busca e salvamento, vigilância e defesa aérea. Em 2019, realizou 272 missões nos Açores e transportou cerca de 320 doentes, quer inter-ilhas, quer entre a região e o continente. Estes dados demonstram bem o papel importante que a Força Aérea tem e terá sempre no auxílio aos açorianos. Tendo em conta a importância das missões de busca e salvamento e dado que nos Açores temos 2 helicópteros Merlin EH101, mas apenas 1 tripulação, reforcei junto do General Nunes Borrego a urgência de termos uma 2ª tripulação. O General respondeu que "a Força Aérea sempre quis pôr, nos Açores, um 2º helicóptero, porque é também a nossa segurança. Este helicóptero tem um raio de ação de 340 milhas e se não tivermos lá um outro que faça esta mesma função, ou se houver um problema neste 1º helicóptero, não temos ninguém que salve os nossos pilotos, portanto eu tenho todo o interesse em por lá esta 2ª tripulação", mas também referiu "Não lhe posso dar datas, podia dar data final de verão, mas é prematuro estar a antecipar como é que estão as classificações dos pilotos comandantes, face a este cenário global da pandemia." ANIMAIS-fiz parte do grupo de deputados socialistas que questionou o Governo sobre as políticas de bem-estar animal e estratégia para os animais errantes. Consideramos que é fundamental avaliar-se o que tem sido feito, como tem sido feito e também perceber o que ainda falta fazer. As câmaras municipais são responsáveis pela recolha e a captura de animais de companhia, sempre que seja considerado necessário, muito em especial por razões de saúde pública, de segurança e de tranquilidade de pessoas e de outros animais, e sabemos das dificuldades que muitas vezes têm enfrentado, por isso, pretendemos perceber qual é, atualmente, a capacidade instalada e que serviços são prestados pelos diferentes Centros de Recolha Oficial de Animais e claro o ponto da situação quanto à definição de uma estratégia nacional para os animais errantes. Estes elementos serão importantes para identificarmos as adaptações que a legislação deve ter de forma a que sejam colmatadas as dificuldades sentidas na sua implementação. Proteja-se e proteja os seus! Haja saúde!