Opinião

50 anos

Determinante na implementação e consolidação da liberdade e da democracia em Portugal. Decisivo na reconciliação do País, no processo de descolonização, na criação das autonomias regionais, na afirmação do poder local, na adesão e integração europeia. Fundador do Serviço Nacional de Saúde, principal defensor da escola pública e do Estado Social. Essencial na defesa da liberdade sindical. Estrutural na criação da Lei de Finanças Regionais, entre muitas outras conquistas. Ontem, 19 de abril, assinalaram-se 50 anos da fundação do Partido Socialista. Mesmo considerando que ninguém faz tudo bem, a democracia no nosso País não seria, certamente, a mesma sem a coragem, a determinação e o papel central desempenhado, ao longo destas décadas, pelo Partido Socialista. Por isso, na semana em que se celebra esta data histórica, é justo relembrar, não só os grandes vultos da história passada e presente do PS, mas, também, os militantes anónimos. Aqueles a quem Sophia de Mello Breyner Andresen dedicou um poema, do qual transcrevo uma parte: “Porque não estás só mas continuas/Todos os que lutam e lutaram/P’ra que não haja grades nem mordaça”. Se fosse só isto, já não seria pouco…