O líder parlamentar do PS/Açores, Hélder Silva, afirmou hoje que o 25 de Abril de 1974 permitiu que os Açores materializassem as suas aspirações autonómicas, através de um sistema de auto-governo que já provou muitas das suas potencialidades e virtudes.
“Com a autonomia financeira, política e administrativa que o 25 de Abril de 1974 proporcionou aos Açores, foi possível concretizar os sonhos de várias gerações que se debateram com obstáculos em Lisboa, uma metrópole que teimava em desvalorizar a mais-valia que os Açores representavam para Portugal”, salientou Hélder Silva, numa declaração política na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Segundo o líder da bancada socialista, mais de três décadas depois da “Revolução dos Cravos”, a Região possui os instrumentos necessários para cumprir a Autonomia – um novo Estatuto Político-Administrativo e uma Lei de Finanças Regionais.
Mas alertou, também, que os Açores têm “um longo caminho a percorrer para fazer ver a alguns representantes da classe política nacional as vantagens do país poder contar – como sempre contou – com os Açores”.
“Os Açores devem ser vistos não como um incómodo geográfico, com custos acrescidos para Portugal, ou apenas como um paradisíaco destino de férias, para passarem a serem encarados como a vertente essencial e insubstituível da posição Atlântica do nosso país, uma das principais vantagens comparativas que Portugal pode apresentar na Europa, tanto ao nível geoestratégico, como ao nível económico, em que releva a extensão e importância da sua Zona Económica Exclusiva”, realçou Hélder Silva.
Para o presidente do Grupo Parlamentar do PS, todos, independentemente do passado autonomista que cada um tem no seu currículo político, têm de contribuir para um Pacto Autonómico entre os órgãos de governo próprio e os principais actores políticos e institucionais do Estado português.
Perante os deputados açorianos, Hélder Silva destacou, ainda, o papel dos “militares de Abril”, que permitiram que Portugal deixasse a escuridão em que se encontrava e que, com a coragem de quem não hesitou em colocar o interesse colectivo acima do das partes, tiveram a audácia de dar aos portugueses a Liberdade tantas vezes sonhada, mas constantemente adiada.
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