O líder do PS/Açores, Carlos César, garantiu hoje que os socialistas açorianos escolheram o seu candidato ao Parlamento Europeu com “calma e autonomia”, uma independência de escolha que resultou na melhor opção para representar os açorianos na União Europeia.
“Nós escolhemos um candidato porque, com calma e autonomia, tivemos independência de escolha de um que consideramos um dos nossos, no sentido mais açoriano desta expressão”, salientou Carlos César, num jantar de campanha que juntou mais de duas centenas de pessoas na ilha de São Miguel.
Segundo Carlos César, faz sentido que Luís Paulo Alves seja o melhor candidato, porque se “tivemos a liberdade de querer e de escolher, tivemos também a responsabilidade de procurar entre todas as possibilidades o que melhor nos podia representar”.
“Nós não fomos a um qualquer hipermercado de potenciais candidatos a esta eleição comprar um candidato para, à pressa, substituir um ingrediente que nos faltava no jantar”, realçou o presidente do PS/Açores.
Carlos César salientou ainda que, nas eleições de domingo, está em causa votar no projecto socialista, assim como na escolha dos melhores deputados para representarem os Açores no espaço parlamentar europeu.
“Nós acreditamos na mudança com o projecto socialista europeu e na recuperação da actual crise económica e financeira, de forma conjugada, com um novo impulso da Esquerda europeia”, disse.
Carlos César adiantou, também, que, desde o dia em que foi anunciada a candidatura, Luís Paulo Alves tem sido a voz que pontua as propostas do PS neste projecto, que tem liderado a interpretação do projecto socialista.
Para Carlos César, estas eleições tem um acréscimo de importância, porque vão permitir aferir, neste momento que atravessamos, o valor que os cidadãos emprestam às instituições europeias, ao estado actual da União e às perspectivas de construção de uma Europa nova.
“Não pedimos, nos Açores, um cartão amarelo para a presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, não pedimos, nos Açores, um cartão amarelo para o Presidente da República”, sustentou o líder dos socialistas açorianos, para quem o que está em causa nestas eleições é o “impacto das políticas europeias no dia-a-dia das pessoas e das empresas, no emprego e no progresso desta Região Autónoma”.
Na primeira intervenção da noite, Capoulas Santos, que ocupa o terceiro lugar na lista do PS, manifestou-se convicto que os “Açores darão contributo decisivo para uma grande vitória do PS nas eleições europeias de domingo”.
Capoulas Santos e Luís Paulo Alves serão, dos 22 deputados portugueses a eleger, os únicos com uma ligação efectiva à Agricultura e às Pescas, o que significa que os outros partidos “não tiveram a mínima preocupação de colocar nas suas listas alguém que tenha conhecimento destes dois sectores”.
Destacou, ainda, a importância que o PS sempre concedeu à produção de leite açoriana e lembrou que se bateu por contrariar o fim anunciado, desde 2003, do sistema de quotas, assim como pela criação de mecanismos de compensação ao sector.
“Tenho esperança, uma vez que todas as propostas são da iniciativa da Comissão Europeia, que, tendo Portugal um presidente da Comissão e dada a evolução recente do sector, que ele seja capaz de rever e de colocar numa perspectiva menos neoliberal o ajustamento que é necessário introduzir neste sector”, afirmou.
Perante as centenas de militantes e apoiantes, Luís Paulo Alves garantiu que a sua estratégia em Bruxelas está há muito definida e é, na verdade, muito simples.
“Os Açores estarão sempre primeiro, seja na defesa das quotas leiteiras e do nosso mar, no alargamento dos programas de mobilidade juvenil a mais jovens açorianos, na protecção ambiental ou na necessidade de transportes que sirvam melhor o arquipélago”, assegurou o candidato indicado pelo PS/Açores.