O Grupo Parlamentar do PS/Açores afirmou que os postos de trabalho dos funcionários da SATA na ilha Terceira estão assegurados e acusou o CDS/PP de “desonestidade intelectual” relativamente ao debate de substituição da nova frota da transportadora.
“É importante dizer que o CDS/PP tem, nesta questão, alguma desonestidade intelectual, como é apanágio do partido, porque pretende comparar o que é incomparável, caso de um Dornier com um Dash Q200”, salientou o vice-presidente da bancada socialista, Berto Messias, no plenário que decorreu na cidade da Horta.
Em causa estão aeronaves muito diferentes uma da outra, explicou o parlamentar do PS/Açores, para quem a chegada da nova frota para a transportadora aérea açoriana implica, necessariamente, uma diferente gestão dos aviões.
“O Dornier desaparece de rota, deixa de operar nos Açores e, por isso, não se trata da passagem deste avião de uma ilha para outra ilha”, salientou Berto Messias, que destacou que, actualmente, a Terceira está servida por “mais toques, com melhores horários e ligações a novos destinos”, que reflectem as melhorias significativas no modelo de transporte nos Açores.
Perante os deputados açorianos, o vice-presidente da bancada socialista desmistificou algumas questões que têm sido partidariamente capitalizadas na ilha Terceira, caso da situação laboral dos funcionários da SATA.
“Temos afirmações categóricas da SATA que nenhum funcionário, na ilha Terceira, perderá o seu posto de trabalho ou perderá competências, um dado que é importante que fique registado para que não seja utilizado como arma de arremesso político na ilha Terceira”, realçou Berto Messias.
Adiantou, ainda, que, caso estivessem em risco postos de trabalho, os deputados socialistas seriam os primeiros a insurgirem-se contra esta situação.
Relativamente aos argumentos do PSD, o deputado do PS/Açores adiantou que toda a oposição sabe que não é a SATA que tem de responder, de imediato, a situações de intervenção da Protecção Civil.
“Todos sabemos, também, que nenhum terceirense se sente mais ou menos seguro por o Dornier estar estacionado na Terceira, uma evidência que os senhores deputados têm, naturalmente, de reconhecer”, afirmou.
Durante o debate parlamentar, Berto Messias criticou, ainda, o “estilo estridente e demagógico” que o CDS/PP incutiu ao debate, próprio de quem tem falta de argumentos.
“Não podia deixar de dizer, para que fique bem claro, que este estilo estridente e demagógico não me condiciona absolutamente nada”, realçou Berto Messias, que ficou sem resposta quando pediu, por várias vezes, os estudos em que o CDS/PP se baseava para os argumentos que expôs em plenário.