O deputado do PS/Açores, Alexandre Pascoal, destacou o crescimento de 54 por cento do investimento do Governo em novas valências culturais e na valorização patrimonial, alegando que a Cultura é a base para se construir o desenvolvimento e o progresso.
“Podemos constatar que, em 2009, há um aumento de 54 por cento em relação a 2008, no que concerne ao investimento em novas valências e na valorização patrimonial”, disse o deputado socialista, numa intervenção no Parlamento.
Segundo referiu, para esta Legislatura, existem inúmeras obras iconográficas, previstas e em curso, que espelham o forte empenhamento em dotar a região de mecanismos de fruição capazes de desempenhar com rigor as exigências que hoje se colocam a quem promove actividades culturais.
“São disso bons exemplos a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, um investimento de 13 milhões de euros”, destacou Alexandre Pascoal, ao lembrar, ainda, outros investimentos como o Centro de Arte Contemporânea, na Ribeira Grande, a ampliação do Museu da Graciosa, o Centro Cultural Multiusos, no Corvo e a finalização do longo processo de reconversão do Recolhimento de Santa Bárbara, afecto ao Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada.
Alexandre Pascoal adiantou, também, que, a outro nível, os Açores têm assistido a uma aposta continuada no apoio à criação artística contemporânea, para a qual os incentivos desempenham um papel crucial no estímulo criativo dos jovens artistas.
“Consubstanciando esta política de investimento, podemos verificar que, no plano do Governo para 2009, há um aumento de 2,6 por cento em relação a 2008, relativamente à dinamização cultural”, lembrou Alexandre Pascoal.
Perante os deputados açorianos, o parlamentar socialista considerou que a prova máxima da vitalidade da nova Direcção Regional da Cultura foi o upgrade do Festival MusicAtlântico, que ganhou, este ano, uma nova dimensão, transformando-se em temporada regional, decorrendo ao longo de todo o ano e incorporando diversas expressões culturais – concertos, debates, exposições, workshops, dança e teatro.
“Com esta iniciativa pretende-se reintroduzir o paradigma da programação regional planificada e coordenada, organizada por ciclos temáticos, com o claro objectivo de se constituir num espaço de intervenção artística, através da descentralização e da inerente democratização cultural”, disse.
Destacou, também, que, não obstante todos os objectivos que estão na génese da acção programática do Governo Regional, no que à Cultura diz respeito, não se pretende imiscuir na actividade regular das instituições culturais locais.
A temporada MusicAtlântico desdobra-se por mais de 110 iniciativas, ao longo de 10 meses, em todas as ilhas e em muitos concelhos dos Açores, e é o resultado de uma política que preconiza o desenvolvimento e a coesão regional.