Na reunião da Assembleia Municipal do passado dia 27 ficaram claros os objectivos políticos da Dra. Berta Cabral e as suas inequívocas intenções de não facilitar a vida das empresas e das famílias no concelho.
Quando a Sra. presidente de Câmara afirma, publicamente, que não irá aumentar as taxas do IMI para o ano de 2011, pura e simplesmente não diz que só não o faz porque não pode, uma vez que a Câmara já aplica os valores máximos
Em tempo de dificuldades económicas, o que importa saber é que esta câmara, podendo, não reduz estas taxas.
A Câmara de Ponta Delgada quer fazer passar uma imagem de cidade verde, município saudável, mas na prática, desrespeita os pequenos espaços verdes, quando desanexa um jardim em São Gonçalo do domínio público e permite que um privado abra uma porta para esse espaço.
A política social da Câmara parece que é, mas não é, porque não implementa medidas que verdadeiramente apoiem as famílias numerosas, como ficou demonstrado recentemente no estudo publicado pelo Observatório das Autarquias familiarmente responsáveis; não possui uma política consistente e qualificada de apoio aos idosos, particularmente quando residem nas freguesias mais distantes do concelho; nem garante uma resposta eficaz aos jovens, inaugurando um gabinete que atende quatro indivíduos em seis meses. Sobram os de elogios aos passeios e convívios, às festas e exposições.
Prometido e cumprido é coisa que a Câmara não faz, quando questionada sobre as transferências financeiras, assumidas como compromisso com as freguesias, ou quando se recordam obras prometidas em tempo de eleições, como é o caso da casa mortuária dos Mosteiros ou as sedes de escoteiros de S.Vicente e Sto. António.
A Câmara não cumpre quando não responde, há mais de dois meses, aos requerimentos apresentados pelos deputados municipais do PS onde se pedem esclarecimentos sobre as diversas empresas da tutela camarária, o contrato programa assinado entre a Câmara e a Azores Park,o Cartão jovem Municipal ea campanha promocional do projecto REVIVA.
A Câmara exige colaboração quando não cumpre com o devido, não atribuindo, como é usual, os montantes anuais dos apoios às associações culturais A três meses do final do ano, ainda não foi aprovado o plano de apoios culturais, que descentraliza os recursos, infelizmente concentrados na actividade de uma empresa Municipal.
Ponta Delgada não é a cidade, é um concelho que merece mais atenção da sua Câmara, seja por via do cumprimento das promessas eleitorais, pela extensão dos apoios sociais aos mais carenciados, pela promoção de uma qualidade de vida que fixe e atraia os cidadãos a este concelho.