Bancada do PSD/Açores recusa clarificar posição sobre situação política nacional, lamenta Berto Messias

PS Açores - 24 de março, 2011
O líder parlamentar do PS/Açores exigiu hoje que o PSD/Açores clarifique a sua posição relativamente à situação política do país, uma vez que a líder social-democrata, Berta Cabral, agora admite uma coligação entre PSD e PS, depois dos vários ataques que dirigiu ao Partido Socialista. “Ao longo dos últimos dias, têm sido proferidas declarações de grande indignação, protesto e de ataques do PSD/Açores contra o Partido Socialista nacional. Ontem, curiosamente, a Presidente do PSD/Açores já fala numa possível coligação entre o PSD e o PS”, afirmou Berto Messias. No plenário na cidade da Horta, o deputado socialista salientou que o líder parlamentar social-democrata tem, assim, o dever de esclarecer esta contradição da sua Presidente, mas também não pode fugir à clarificação de outras duas situações relacionadas com o que se passa em Portugal. A primeira destas clarificações é como é que o PSD/Açores se posiciona perante as imposições da União Europeia de contenção da despesa pública nacional, desafiou Berto Messias, no debate na sequência de uma declaração política da oposição feita em plenário. Berto Messias questionou, também, como é que a bancada parlamentar do PSD/Açores se posiciona perante o “manual de governação de Pedro Passos Coelho”, que inclui a privatização de vários serviços públicos, caso da RTP, da Educação e da Saúde, assim como o fim da progressividade de alguns impostos e o fim da justa causa para despedimentos. Depois de salientar que a bancada do PSD/Açores não esclareceu nenhuma destas questões, Berto Messias garantiu que o “PS nunca virou a cara à luta e nunca teve medo de disputar eleições e cá estará em defesa do país e da Região” Autónoma dos Açores. Perante os deputados açorianos, Berto Messias reafirmou que, na Assembleia da República, toda a oposição “empurrou Portugal para uma crise política e social sem precedentes, o que foi uma irresponsabilidade tremenda da qual todos estes partidos terão de assumir as responsabilidades”. “Para a esquerda, tudo o que possa fazer mossa ao Governo é que vale, enquanto que para a direita tudo vale para chegar ao poder, independentemente do que está em causa”, concluiu o líder parlamentar socialista.