Lagoa das Furnas: Deputados do PS destacam trabalho de fundo e apelam à união de todos

PS Açores - 22 de agosto, 2011
O Grupo Parlamentar do PS/Açores destacou, esta segunda-feira, o trabalho de fundo que está a ser feito na bacia hidrográfica da Lagoa das Furnas, que vai permitir, a prazo, a recuperação ambiental deste importante património natural da ilha de São Miguel. A constatação foi feita pela deputada Benilde Oliveira, após os deputados socialistas eleitos pela ilha de São Miguel terem visitado o Centro de Monitorização e Investigação das Furnas, um investimento recente do Governo dos Açores localizado nas margens da Lagoa. Segundo a deputada do PS/Açores, o executivo açoriano reconhece a importância das lagoas como valiosas reservas de água, assumindo-se a garantia da sua qualidade como um dos mais importantes desafios na gestão de recursos hídricos na região. “Neste sentido, o Governo dos Açores, através da SPRAçores-Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental, já adquiriu terrenos agrícolas que, face à sua localização, características e dimensão, constituam um maior risco de escorrências de nutrientes para a Lagoa das Furnas. O problema da Lagoa das Furnas tem origem na acumulação de nutrientes na água resultantes da utilização intensiva de adubos e fertilizantes nos terrenos envolventes, sendo a sua recuperação um processo lento, que levará muitos anos. Em declarações aos jornalistas, Benilde Oliveira salientou que “este é o momento certo para envolver toda a sociedade civil neste trabalho, bem como todos os partidos e dirigentes políticos para ajudarem, sem aproveitamento político, na implementação das melhores soluções”. Relativamente à manifestação agendada para 11 de Setembro, a deputada socialista afirmou que esta poderá ser uma grande oportunidade para envolver a sociedade civil na recuperação das lagoas. Neste sentido, desafiou os eventuais participantes o Centro de Monitorização e Investigação e a inscreverem-se como voluntários no local. Relativamente à coloração amarelada actual da água, Benilde Oliveira explicou que “falta de chuva desde Abril em níveis adequados, a falta de vento, que ajuda à oxigenação, e a avaria, factor menos importante, na máquina de oxigenação permitiram o aumento de cinobactérias na Lagoa das Furnas”. Numa visita que realizou na sexta-feira ao local, o secretário regional do Ambiente, Álamo Meneses, defendeu que “o verdadeiro problema da lagoa não está na água, mas na bacia hidrográfica”, salientando que a situação em que se encontra foi originada pelo excesso de nutrientes, especialmente fosfatos, acumulados ao longo de anos de agricultura intensa nos terrenos existentes naquela zona da ilha. Na bacia hidrográfica da Lagoa das Furnas já foi intervencionada em mais de 50 por cento do seu perímetro restando apenas uma grande exploração agro-pecuária.