O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Francisco César, lamentou hoje que a bancada do PSD/Açores pareça ficar envergonhada quando se fala do passado governativo da líder social-democrata do início da década de 90 do último século.
“O PSD/Açores fica incomodado quando se fala da sua líder regional e quando se critica o passado. Até parece que têm vergonha do passado governativo da sua líder, mas o passado não se apaga”, afirmou o deputado socialista.
No debate das propostas do Plano e Orçamento para 2012, Francisco César salientou que este incómodo resulta da total falta de propostas concretas no presente por parte do PSD/Açores, que se limita a referir umas frases-feitas sobre todos os sectores.
“Quando perguntamos qual a sua prioridade em termos de acessibilidades, apenas diz que é baixar as tarifas, sem nunca explicar em quanto nem como. Quando perguntamos quantas gate-ways devem servir os Açores, a líder do PSD diz que não vai adiantar nada agora e que, depois, se verá”, lamentou o deputado do PS/Açores.
O PS/Açores e o Governo Regional a “única informação que têm sobre as propostas da vossa líder é o perfil que teve no passado, que não é um trabalho que engradeça os Açores”, disse Francisco César, no segundo dia do debate parlamentar.
No debate sobre o sector da Economia, o vice-presidente da bancada socialista realçou, por outro lado, que o Plano de Investimentos consubstancia uma forte aposta na promoção da competitividade das empresas, devidamente enquadrado com as principais dificuldades estruturais e conjunturais actuais.
“Estamos a viver uma crise em que todos sofrem”, reconheceu Francisco César, para quem, perante isso, o Governo e o PS podiam ter ficado “resignados a esta evidência”, mas apostaram em novas soluções ao nível do Turismo.
“Enfrentamos a actual conjuntura de frente e fomos à procura de novos mercados, de novas forma de promoção e de novas estratégias de captação de mercados”, disse o parlamentar socialista, ao salientar que o debate sobre o Turismo e as acessibilidades aéreas nos Açores só existe por uma simples razão: os Governos do PS criaram quase de raiz estes sectores, diversificando a economia e aproveitando o capital empresarial que estava amarrado nas nossas ilhas.
“Gostamos, hoje, de ver os partidos discutir as tarifas aéreas, porque, antes, este debate nem existia nos Açores. Gostamos, hoje, de ver os partidos preocupados com o Turismo, porque, antes, este sector era insignificante na economia. Gostamos, hoje, de ver os partidos reivindicarem mais promoção turística, porque, antes, os Açores estavam fechados ao mundo”, concluiu Francisco César.