O candidato do PS/Açores à Presidência do Governo Regional defendeu, esta sexta-feira, a necessidade de defender a Autonomia, que considerou essencial para que os Açores continuem a definir as suas medidas de criação de emprego e de apoio às empresas e aos Açorianos.
“Temos de defender a Autonomia, que não a da discussão jurídica do artigo e da alínea, mas a que serve as pessoas e produz resultados para as Açorianas e para os Açorianos”, afirmou Vasco Cordeiro, que falava num convívio com miliantes e apoiantes da sua candidatura na Ilha das Flores.
Depois de salientar que esta Autonomia com resultados para benefício das pessoas resulta da boa gestão das finanças públicas, o candidato socialista alertou que a actual conjuntura do país é a “ideal para alguns centralistas de Lisboa que pretendem fazer um ajuste de contas com a Autonomia”.
“Temos de defender a Autonomia que permite que tenhamos o Complemento Regional de Abono de Família e o Complemento Regional de Pensão, o chamado “cheque pequenino”, para os nossos idosos, quando se cortam apoios sociais no resto do país”, salientou Vasco Cordeiro.
“Temos de defender a Autonomia que permite que existam apoios aos agricultores e pescadores que não existem em mais parte nenhuma do país, assim como combustíveis mais baratos nos Açores do que no continente ou na Madeira”, reforçou.
No final de um dia de contactos na Ilha das Flores, Vasco Cordeiro recordou que, ao contrário do que se verifica no resto do país, nos Açores tem sido possível manter os apoios às famílias e às empresas, assim como implementar medidas de criação de emprego.
“Aqui não se acaba com apoios sociais, antes reforçam-se. Aqui não acabam os apoios às famílias, reforçam-se estes apoios. Aqui não acabam apoios a empresas, também reforçam-se. Aqui não se tomam medidas para provocar desemprego, mas sim para fomentar postos de trabalho”, assegurou o candidato do PS/Açores.
Segundo disse, esta defesa da Autonomia é “imprescindível, não para nos entrincheiramos nas nossas políticas, mas também para darmos uma lição do que é a Autonomia dos Açores: a de sermos capazes de definirmos medidas próprias”, nomeadamente, em matéria de emprego.
O candidato do PS/Açores reforçou esta área será a prioridade do seu Governo, através de uma Agenda Açoriana para a Criação de Emprego que quer “garantir, implementar e concretizar” a partir de Outubro.
Esta Agenda Açoriana para a Criação de Emprego assenta em três pilares, que passam pela criação de valor acrescentado na Agricultura, nas Pescas e no Turismo, na reorientação do sector da construção civil para áreas como a reabilitação urbana e na criação de um novo sector económico ligado à Inovação e ao Conhecimento, onde a Universidade tem de assumir o papel de “motor” do crescimento económico.
Vasco Cordeiro salientou, por outro lado, que o PS/Açores apresenta-se às eleições de Outubro “com a força da sua união e de um percurso de 16 anos e com o dinamismo da sua juventude”.
Lembrou, ainda, investimentos estruturantes para a Ilha das Flores como a rede viária, a aerogare, o hotel e as intervenções ao nível dos transportes terrestres.
“Estes investimentos dão corpo ao princípio do PS de uma grande solidariedade entre as ilhas da Região”, disse Vasco Cordeiro, ao salientar a “persistência do Governo Regional”, junto de Lisboa, para que obras importantes, como o cabo de fibra óptica e a certificação da iluminação da pista do aeroporto, possam ser uma realidade para benefício dos Florentinos.
“Tudo isso é fruto da luta persistente que o PS/Açores se orgulha, mas que é preciso continuar para benefícios dos Açores e das Flores”, defendeu.
Depois de reconhecer que, ao longo dos últimos anos, “houve soluções que não resultaram da forma como nós gostaríamos que tivessem resultado”, o candidato socialista destacou que a sua candidatura tem a “humildade de reconhecer que muito já foi feito, mas que muito falta ainda fazer”.