O candidato do PS/Açores à Presidência do Governo Regional, Vasco Cordeiro, participou num debate com empresários da ilha Terceira promovido pela Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, que serviu para Vasco Cordeiro apresentar as suas propostas para a criação de emprego e de riqueza na Região.
Durante cerca de duas horas e meia de debate sobre temas como transportes aéreos e marítimos, turismo, saúde, pescas, agricultura, construção civil, emprego, conhecimento e inovação e empreendedorismo, Vasco Cordeiro apresentou às dezenas de empresários presentes no encontro as bases em que assentam a sua proposta da Agenda Açoriana para a Criação de Emprego, que constituirá a prioridade do seu Governo a partir de Outubro deste ano.
Para além disso, o candidato socialista fez questão de explicar a sua estratégia para a criação de mais valor acrescentado e emprego nos sectores tradicionais da economia – Agricultura, Pescas e Turismo -, assim como a aposta que pretende fazer em novos sectores económicos assentes no Conhecimento e na Inovação.
Uma das propostas que apresentou aos empresários foi a necessidade de reorientar o sector da construção civil para responder à pressão do desemprego que está a sofrer, preconizando uma estratégia que passe pela reabilitação urbana das freguesias, vilas e cidades, sempre em concertação com as autarquias.
Numa reunião muito participada, Vasco Cordeiro anunciou, por outro lado, que a Universidade dos Açores deve assumir um papel de “motor” de crescimento económico na Região, através de um maior efeito prático nas empresas da investigação que desenvolve.
O candidato socialista foi questionado sobre as formas de se reduzir os custos das tarifas aéreas para o Continente, tendo respondido que o Governo da República já tem na sua posse uma proposta da Região que passa por flexibilizar as obrigações de serviço público nos pontos em que estão a impedir a entrada de novas companhias na operação para os Açores.
Durante o debate, Vasco Cordeiro manifestou-se, também, totalmente contra a possibilidade de ser o Orçamento Regional a suportar a redução das tarifas, uma vez que essa é uma obrigação do Estado, como, aliás, faz nas ligações entre a Madeira e o Continente e mesmo nas viagens entre a Madeira e o Porto Santo.
Adiantou que esta solução, que levanta grandes dúvidas de sustentabilidade futura, sobrecarregaria o Orçamento Regional em mais 12 milhões de euros anuais.
Recorde-se que o maior partido da oposição apresentou, como uma das soluções para reduzir as tarifas aéreas, que fossem verbas do Orçamento da Região Autónoma dos Açores a suportar esta medida, responsabilidade essa que cabe ao Estado.