O candidato do PS/Açores à Presidência do Governo Regional recebeu, esta sexta-feira, os deputados socialistas da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, a quem manifestou a sua posição de defesa do regime de quotas de produção de leite.
Pelo que significa para a Agricultura açoriana e para o sector dos lacticínios, em particular, é importante manter esta reivindicação, mas é essencial que, com responsabilidade, seja preparado um plano alternativo”, afirmou Vasco Cordeiro aos jornalistas.
Na conferência de imprensa conjunta após o encontro, em que participaram os eurodeputados Capoulas Santos e Luís Paulo Alves, o candidato socialista adiantou que este plano alternativo passa pela valorização dos lacticínios dos Açores e pelo reforço da aposta na qualidade.
“É por essa via que uma Região como a nossa se pode afirmar a nível europeu, valorizando sempre os produtos que nos diferenciam em relação ao que se faz no resto do país e nos nossos mercados externos”, realçou Vasco Cordeiro.
Segundo disse, esta estratégia articula-se na perfeição com a sua proposta da Agenda Açoriana para a Criação de Emprego, nomeadamente, ao nível de mais valor acrescentado e rendimento nos sectores tradicionais da economia, neste caso da Agricultura.
No encontro com os eurodeputados, Vasco Cordeiro manifestou, por outro lado, o seu interesse em reforçar as parcerias e os contactos com todas as instituições comunitárias para a defesa das reivindicações e dos interesses dos Açores.
“A defesa dos interesses da Região faz-se, exactamente, com a criação destes mecanismos e destes relacionamentos que, por essa vida, possam dar a conhecer aos responsáveis políticos europeus o impacto que as decisões tomadas ao nível da União Europeia podem ter na economia e na sociedade da Região”, disse.
O eurodeputado Capoulas Santos, relator do Parlamento Europeu para a Reforma da Política Agrícola Comum, salientou que “foi muito grato” dar a conhecer a deputados europeus de outros países “a realidade açoriana e o fantástico progresso que conheceu nos últimos anos”.
“Ficamos impressionados com o grau de sofisticação tecnológica a que já se chegou em indústrias de lacticínios, fruto de investimentos de dezenas de milhões de euros, com comparticipação comunitária e regional”, salientou Capoulas Santos.