A Comissão Permanente do PS/Açores defendeu que o PSD/Açores deve explicar aos Açorianos porque deixou o Governo de Pedro Passos Coelho prejudicar a Região e prefere atacar o Governo Regional, que “tudo tem feito para minorar os efeitos da austeridade da República na Região”.
“As recentes declarações do líder parlamentar do PSD/Açores sobre os orçamentos de campanha dos partidos provam, mais uma vez que, o PSD/Açores tenta desviar as atenções do que verdadeiramente interessa aos Açorianos”, afirmou Berto Messias.
Segundo este dirigente regional e líder parlamentar do PS/Açores, com estas declarações, o PSD/Açores apenas tentou “lançar uma cortina de fumo para esconder a sua cumplicidade com o PSD de Pedro Passos Coelho, responsável pela maior austeridade e injustiça social que há memória no nosso país”.
“Num momento em que os históricos do partido, os Trabalhadores Social-Democratas, a Juventude Social-Democrata e diversas entidades representativas dos mais variados setores de atividade do país criticam fortemente as mais recentes medidas de austeridade anunciadas por Passos Coelho, que voltam a penalizar fortemente a classe média e a favorecer os mesmos de sempre, o PSD/Açores inventa uma suposta polémica quanto ao financiamento da campanha eleitoral na Região e julga que com isso passará entre os pingos da chuva torrencial de indignação que se abateu sobre o país”, realçou Berto Messias.
Segundo disse, a verdade é que o PS/Açores apresentou, para estas eleições, um orçamento mais de 45 por cento inferior ao de 2008, mantendo a mesma expectativa da eleição de 29 deputados, “porque tem perfeita noção de que os tempos exigem contenção de gastos e, nesse sentido, encara esta campanha com grande responsabilidade e absoluto respeito pelos Açorianos”.
“Por mais manobras de diversão que tente encenar, terá sempre de explicar como pode apoiar um Governo da República que, quase diariamente, prejudica a vida dos Açorianos”, afirmou Berto Messias.
O PSD/Açores e a sua líder terão de explicar como é que ainda recentemente afirmavam que os Açorianos teriam de “reconhecer a ajuda” do Governo da República. Terão de justificar aos Açorianos porque se diziam “solidários com a tarefa patriótica que o Governo da República está a empreender” e “admirarem o facto de Passos Coelho não procurar desculpas”, e agora fingem que não têm qualquer afinidade política com os seus companheiros de Lisboa.
“Terão, mais dia, menos dia, de explicar aos Açorianos porque deixaram que o Governo de Lisboa reduzisse o papel da RTP/Açores, encerrasse Tribunais e repartições de Finanças, impusesse cortes cegos e injustos à Função Pública, aos reformados e aos pensionistas, preferindo, ao invés, atacar permanente e infundadamente o Governo dos Açores, que tudo tem feito para minorar os efeitos da austeridade da República na nossa Região”, considerou Berto Messias.
De acordo com o dirigente socialista, é fácil perceber que um Governo do PSD nos Açores seria o mesmo que “importar a austeridade para a nossa terra, fazer na nossa Região o mesmo que vemos diariamente ser feito no Continente e na Madeira, onde as pessoas já não têm qualquer margem de defesa contra o permanente aumento dos impostos e a constante redução dos apoios sociais”.