O Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores defendeu, esta terça-feira, que a proposta final do Governo Regional dos Açores relativa ao Plano de Ação para a Reestruturação do Serviço Regional de Saúde “irá permitir que possamos continuar a ter um bom Serviço Regional de Saúde”. Em conferência de imprensa realizada na Horta, Berto Messias destacou “a ampla participação cívica e o debate público que existiu em todas as ilhas dos Açores” e elogiou a cultura democrática demonstrada pelo Executivo dos Açores. “O Governo cumpriu mais um compromisso eleitoral numa área muito importante e sensível para todos os açorianos e promoveu um alargado debate na sociedade açoriana”.
O líder parlamentar socialista assinalou ainda que, “ao contrário do que pretendia o maior partido da oposição, a reforma do Serviço Regional de Saúde foi decidida pelos açorianos. O PSD, como é sabido, queria que se entregasse a chave do Serviço Regional de Saúde ao Governo da República, algo com o qual nunca poderíamos estar de acordo”, afirmou.
Berto Messias enfatizou que a proposta final do Plano de Ação da Reestruturação do Serviço Regional de Saúde não reduz especialidades nos três hospitais açorianos que irão manter a autonomia administrativa e financeira sem prejuízo de ser fundamental reforçar os mecanismos de controlo interno e de racionalização dos recursos existentes, bem como as parcerias e cooperação entre os três Hospitais da Região.
“Ao longo de vários meses a Saúde foi amplamente debatida nos Açores. Um debate promovido pelo Governo dos Açores com o objetivo de continuarmos, de forma sustentada, a ter um bom Serviço Regional de Saúde”, afirmou Berto Messias que apelou ainda à mobilização de todos os agentes de saúde e forças políticas no sentido de contribuir para “o necessário consenso em redor desta importante reforma. O PS/Açores considera fundamental que todos se mobilizem na implementação desta reforma, que todos contribuam positivamente para a melhoria do Serviço Regional de Saúde e abandonem os discursos sectários e divisionistas que não resolvem qualquer problema”.
O líder socialista no parlamento açoriano relembrou, a propósito, as hesitações e contradições do PSD. “O PSD acusou o Governo de eleitoralismo. Uma acusação que não se percebe na medida em que o Governo fez questão de debater e apresentar as conclusões deste processo antes das eleições autárquicas. Se existissem preocupações eleitorais, a proposta final seria apresentada após as eleições autárquicas ou esta questão seria discutida em 2014. A nós não nos interessaram calendários eleitorais, mas sim a promoção de um amplo debate sobre a reforma de um importantíssimo sector para os Açores”.
“Além de querer entregar a chave do Serviço Regional a Lisboa, o PSD Açores andou permanentemente a mudar de opinião. Primeiro concordava com a proposta, depois discordava, depois quis que o governo retirasse a proposta e suspendesse o debate público, depois enviou novas sugestões e depois já não queria, novamente, participar no debate. Enfim, só ziguezagues”, lamentou. “Esperamos que o PSD Açores abandone esta postura e se concentre em contribuir ativamente para a melhoria deste sector porque acreditamos que o PSD tem pessoas que estão genuinamente empenhadas e preocupadas com esta matéria”, defendeu Messias.
Para Berto Messias, a proposta final apresentada pelo Governo Regional “demonstra a capacidade de ouvir os diferentes contributos apresentados e revela não só uma indispensável maturidade política como uma ampla cultura democrática. Esperamos, agora, que todos os responsáveis políticos manifestem iguais atributos e que haja empenho e motivação para corrigir os problemas existentes para que todos os açorianos, independentemente da freguesia, concelho ou ilha onde residem, possam continuar a aceder, com segurança e qualidade ao Serviço Regional de Saúde.