O Partido Socialista defende que “urge” tomar medidas para aumentar o rendimento dos produtores agropecuários e, para isso, propõe um plano nacional que tenha em conta as especificidades regionais.
Sérgio Ávila, candidato do Partido Socialista pelos Açores à Assembleia da República, reuniu-se segunda-feira com agricultores na ilha Terceira, encontro em que foi possível confirmar “o que era a nossa perceção sobre o sector”.
Nessa realidade ressalta, nomeadamente, “o extraordinário aumento” dos custos de produção no ano passado, desde “os custos dos adubos, das rações, das forragens e dos combustíveis, entre outros fatores de produção”, sem que tenha havido “um ajustamento do preço de venda”. Isso fez com que, no último ano, “os nossos agricultores tenham sentido uma redução muito significativa do seu rendimento, pondo em causa a própria rentabilidade e futuro das nossas explorações agrícolas”.
Nesse contexto, “urge criar um conjunto de medidas” tendentes à “valorização dos nossos produtos” e a uma “maior colocação nos mercados nacionais” e, por outro lado, “medidas que visem a redução dos custos de produção”, defendeu o candidato socialista.
Para a valorização dos nossos produtos, “importa reforçar as medidas de controlo de práticas de «dumping», para evitar a venda a retalho a preços abaixo do custo de produção”. Ao mesmo tempo, propõe-se evidenciar a produção nacional, diferenciando-a por regiões, o que, no caso dos Açores, deve incidir “nos setores de laticínios e produção de carne”, permitindo colocar esses produtos com mais valor e visibilidade nas grandes superfícies comerciais.
O Partido Socialista defende ainda que as taxas da Segurança Social sejam, de facto, correspondentes à remuneração dos produtores, quando são produtores em nome individual e com contabilidade simplificada, e não à atividade no seu total.
Estas medidas “devem ser acompanhadas urgentemente de outras de caráter regional”, para o aumento do rendimento, defendeu ainda Sérgio Ávila, nomeadamente na redução dos custos de produção, “onde há áreas da exclusiva competência da Administração Regional, como é o caso dos combustíveis”, cujo aumento, no último ano, “penalizou muito as explorações agrícolas”.