Francisco César destacou esta terça-feira a resposta que está a ser dada, sobretudo numa Região como os Açores, ao nível da política energética, salientando, nessa matéria, “a harmonização de preços, vitória das Autonomias, a Tarifa Social de Eletricidade e a aposta nas renováveis”.
Segundo o candidato do PS/Açores à Assembleia da República, que falava à margem de uma reunião com a EDA Renováveis, o objetivo proposto no Plano Nacional de Emergência Climática, de atingir a neutralidade carbónica em 2050, foi antecipado em cerca de cinco anos no país.
“O objetivo é já em 2026, no país, atingirmos cerca de 80%”, reforçou o dirigente socialista, para destacar que nos Açores, pelas características de sermos “nove ilhas, nove subsistemas elétricos, carecemos de mais investimento, de mais tecnologia, e de uma adaptação às circunstâncias”.
De acordo com o candidato, o objetivo para 2026 é termos “cerca de 61% de produção de energias renováveis”, proposta que considera concretizável através da “disponibilização do Governo da República de fundos comunitários, nomeadamente o Quadro Comunitário de Apoio, o Plano de Recuperação e Resiliência, que permitirá um investimento de mais de 150 milhões de euros nas energias renováveis”.
“Isto é o investimento do futuro e é uma prioridade para o Partido Socialista, manter este financiamento”, assegurou o socialista, para destacar que o mesmo pode ser feito “em parceria quer com a EDA, com as entidades nacionais, quer também entre o Governo Regional e o Governo da República”.
Referindo que atualmente o preço da eletricidade nos Açores é exatamente igual ao do continente, Francisco César salientou que o mesmo se deve a uma política dos Governos da República, “que criaram exatamente esta harmonização tarifária”, sendo que “a Região recebe cerca de 70/80 milhões de euros para manter exatamente estes preços”.
Assim, e manifestando que com a introdução de renováveis se pretende, por um lado, diminuir as emissões de CO2, mas também termos uma maior autossuficiência energética, o candidato do PS/Açores defendeu ser possível negociar, junto da República, “possíveis preços mais baratos no futuro”.
Na ocasião, Francisco César referiu ainda a implementação da Tarifa Social de Eletricidade, que permite que as famílias mais carenciadas tenham preços mais acessíveis, para destacar serem já mais de 20 mil as pessoas abrangidas por esta medida na Região.