Opinião

Desistir? Nunca.

O Plano de Investimentos de 2015, aprovado recentemente pela Assembleia Legislativa Regional define um aumento de investimento superior a 12 % no investimento público proposto relativamente ao ano transato, demonstrando-se de forma clara os efeitos positivos sobre o incremento do investimento público da entrada em funcionamento do novo Quadro Comunitário de Apoio. Aliás, se em 2014 a execução do Plano de Investimentos não chegou aos 100%, tal deveu-se à incapacidade do Governo da República, que ao comunicar à Região que os fundos comunitários estariam disponíveis em 2014, só concluindo o processo em 2015, fez com que se gerasse a impossibilidade da execução total. Continuamos, desse modo, a padecer com a inabilidade de um Governo da República visivelmente incompetente em muitas frentes e que, pelo caminho, prejudica os açorianos. Ao invés da carpideira constante da oposição, que prefere alarmar os Açorianos e as suas famílias, preferimos seguir um caminho estável de crescimento e que assegure um futuro sólido. Os Açores continuaram a registar um decréscimo da taxa de desemprego no último trimestre, segundo o último boletim do Instituto Nacional de Estatística. Isto enquanto no resto do País se verifica um aumento do desemprego. No último ano foram mais 3.754 Açorianos empregados e menos 1.875 Açorianos desempregados no final de 2014, face ao período homólogo. Os Açores foram, ainda, a única região do País onde os desempregados inscritos nos centros de emprego voltaram a diminuir. O desemprego nos Açores continua a descer e, pelo 10.º mês consecutivo, registamos uma diminuição homóloga dos desempregados inscritos. Está bem? Não. Mas está melhor. Enquanto houver um açoriano desempregado e uma família em dificuldades, o trabalho não pode parar e os nossos braços nunca se vão baixar. Mas a realidade é que, efetivamente, o rendimento disponível das famílias é, por Açoriano e desde 2004, superior à média nacional. Cada Açoriano tem um rendimento disponível superior a um residente no continente ou na Madeira. São resultados do trabalho incessante dos governos socialistas na Região e não de quem se limita a debitar críticas ao correr da pena. É verdade que os Açores têm uma percentagem de beneficiários do Rendimento social de Inserção mais elevada que a média nacional. Tal só significa que nos esforçamos por incluir todos, sem exceção. Sem deixar ninguém para trás. Almejando sempre corrigir desigualdades e nunca abandonando quem carece de uma mão que os ajude. Não afastamos ninguém. Criamos todas as condições para que todos os Açorianos, sem exceção, possam ter uma vida condigna. Temos também uma elevada taxa de abandono escolar precoce, realidade que não nos satisfaz. Mas que temos vindo a reduzi-la, também é uma verdade. O abandono escolar precoce era de 56,5 % em 2006 e, até 2014, baixamos em 42% esse indicador. Nestes anos a redução da taxa de abandono escolar foi de 23,7 %, comparativamente ao resto do país, onde a redução da taxa de abandono escolar foi de 21,5%. Estamos contentes? Não. Mas os dados indicam que não baixámos os braços. Nem o vamos fazer. Se outros gastassem o tempo que passam a criar críticas e “casos” na criação de soluções que a todos beneficiassem, o trabalho poderia ir mais adiantado. Mas não. A crítica fácil é o caminho muitas vezes seguido e o alarmismo a via escolhida para fazer campanha puramente política, descurando que dessa forma se rouba esperança e alento a quem as oportunidades ainda não sorriram. Mas, face a isso, desistir? Nunca.