Foi notícia a deslocalização da delegação da RTP/A da Terceira para a Praia da Vitória.
Apesar do silêncio das forças “vivas”… o facto exige explicação por parte da RTP.
O problema não é a localização: é o porquê da mudança. O pouco que se sabe parece confirmar o triste histórico: as delegações da RTP/Açores são um arreliador encargo, que a empresa não quer assumir, e empurra gostosamente para terceiros de boa-fé!
Isto é inaceitável. Desde logo, porque viola o nosso Estatuto, que dispõe que os serviços do Estado (cremos que também os serviços públicos concessionados) devem atender, na sua localização e extensão, à nossa realidade arquipelágica! Depois, porque é uma importante decorrência prática da narrativa, centralista esperta, que atrevidamente vai fazendo caminho, da RTP à Universidade: a realidade arquipelágica, fundamento forte da nossa Autonomia e do princípio da solidariedade nacional, começa a servir para transferir os respetivos custos… para o poder autónomo ou local.
Para além dos direitos dos respetivos trabalhadores.
Aguarda-se, face à qualidade das instalações da RTP em Ponta Delgada, a sua rápida transferência para a Ribeira Grande ou Nordeste…
Ilhas? Que chatice!