Esta semana fica marcada por boas notícias para os Açores. A promulgação por Obama da lei do Orçamento da Defesa para 2016 que obriga à reavaliação da utilização da Base das Lajes foi a primeira delas, pese embora a limitada margem de manobra que se vislumbra para a reversão integral desta decisão. A que se soma outra boa notícia. Na passada segunda-feira, o secretário regional da Saúde anunciou, após uma reunião tida entre a administração do HSEIT e o grupo económico Joaquim Chaves que assegurará a instalação do centro de radioterapia em São Miguel, que se criará também um centro de radioterapia, em iguais condições, nas instalações já existentes para o efeito no Hospital de Santo Espírito da ilha Terceira, em março do próximo ano. Esta decisão permitirá que o HDES centralize o tratamento dos doentes do grupo oriental e que o HSEIT o faça em relação aos doentes do grupo central e ocidental. Trata-se duma decisão racional que permitirá, não sobrecarregando o HDES com eventuais dificuldades no tempo de resposta, utilizar um espaço já existente para o efeito no HSEIT. Todos conhecemos, porque infelizmente se contam entre os nossos familiares e amigos sempre alguém que padece desta terrível doença, o que custa a um doente oncológico a deslocação atual para fora da Região. Por isso esta decisão é sobretudo humana, porque permite a doentes, já emocionalmente debilitados, fazerem o seu tratamento sem o custo do afastamento. De casa dos seus familiares, daquilo que amam. Minimizar este custo é um imperativo de humanidade. E se perdermos a humanidade o que restará de nós? É de humanidade que o mundo está absolutamente carenciado. Da possibilidade de sentirmos as dores do outro como se fossem as nossas. Da urgência de tentarmos perceber o que é caminhar nos sapatos alheios e experimentarmos as dificuldades do vizinho. E só então, depois deste exercício de humanismo, ajuizarmos.