Opinião

Consolidar a recuperação

Sabemos do papel crucial do Plano de Investimentos e do Orçamento de 2016 para consolidar o caminho de recuperação e para continuar a ajudar as Açorianas e os Açorianos a ultrapassar os desafios colocados pelos últimos anos. Compete ao Governo dos Açores agir, até ao limite das nossas competências, até ao limite dos nossos recursos, no cumprimento daquele que deve ser o objetivo central para este ano: o aumento da empregabilidade dos Açorianos! Por isso, mais uma vez este ano, reforçamos, em quase mais 60 milhões de euros, o investimento público, para fomentar as nossas exportações, dinamizar o mercado interno, manter e recuperar o rendimento das famílias e das empresas, e apostar nas nossas qualificações. Mas esta aposta na competitividade inteligente e socialmente inclusiva, com efeitos reais na nossa balança comercial, só será possível se redobramos o trabalho realizado pelas entidades públicas e privadas no aumento da I&D em contexto empresarial - em parceria com a Universidade dos Açores - na redução dos custos de contexto, no combate à burocracia, na diferenciação dos nossos produtos nos mercado alvo, nos incentivos públicos ao investimento privado e na diversificação de fontes de financiamento. Hoje há nos Açores instrumentos qualificados de incentivo ao investimento, comparativamente vantajosos face ao resto do país, para que as empresas existentes, ou que surjam, possam garantir novos impulsos à dinâmica da nossa economia. Refiro-me, por exemplo, ao Sistema de Incentivos ao investimento empresarial Competir + que permite uma abordagem totalmente nova - inteligente para o investimento - que aposta no capital humano, no valor acrescentado e nos resultados das nossas empresas. Como poderia, por exemplo, também salientar o nosso sistema fiscal - no qual se inclui o estatuto de benefícios fiscais às empresas que invistam nos Açores - mais benéfico, com vantagens sem paralelo no país em todos os impostos. É certo que ainda há muito trabalho pela frente. Mas, a verdade também é que todos os indicadores económicos estão hoje, em 2015, melhores do que se encontravam no início da legislatura. E isso deve-se não só ao trabalho do Governo, mas também ao empenho e ao esforço de milhares de empresas e de trabalhadores, ao esforço e dedicação dos diferentes parceiros sociais com os quais, aliás, este Governo sempre manteve, e continuará a manter, um saudável clima de diálogo e de autêntica concertação social. Promovemos, nos últimos anos – e como é apanágio quer da História do PS quer da responsabilidade que as Açorianas e os Açorianos nos atribuíram legitimamente nas urnas – um contínuo e permanente diálogo social. Fizemo-lo porque é assim que entendemos não só o exercício político, mas também, e sobretudo, a prática governativa. É, por isso, que temos merecido a confiança dos nossos concidadãos. Porque na esteira do legado açoriano, de um modo de vida secular fundado no princípio da solidariedade e da interajuda, fazemos jus à nossa identidade coletiva, como povo, e soubemos juntos, unidos e mais coesos enfrentar os difíceis desafios que temos pela frente.