Opinião

QUO VADIS

Prometido é devido. Decorreu esta semana na Horta o primeiro plenário deste ano de 2017. De Lá para Cá até podia trazer notícias se estas já não o tivessem deixado de ser pelos motivos mais prováveis, ou talvez não. Uma mini sessão evocativa da morte do Dr. Mário Soares, decorreu com grande sublimação sendo aprovado por unanimidade um voto de pesar em representação do sentimento coletivo dos açorianos. Seguiram-se requerimentos, projetos de resolução, interpelações, e pedidos de debate de urgência para discutir a saúde e outros assuntos. Tantas respostas das entidades envolvidas com transposição para a imprensa e outros meios de comunicação social, enfim tantos pedidos e esclarecimentos como o deve requerer a atividade fiscalizadora dos deputados sobre a governação ou a tradução de anseios e pedidos de soluções dos nossos eleitores. Só que, às vezes por excesso e por falta de substância pretendem ser notícia, mas são a ausência dela. Superlativa-se muito, parece não existir o meio termo. Dizem-nos os piores, num universo comparativo de vizinhanças, que o perigo espreita nisto e naquilo, que a desumanidade e outros adjetivos se instalaram nos mais responsáveis. Nada se redime, numa estratégia de visibilidade que alguma oposição precisa, para neste contexto poder sobreviver. Faz-me lembrar a história do Pedro e do Lobo. A caminho para a Assembleia Legislativa da Região Autónomas dos Açores, ao pisar aquele espaço que é a nossa casa da Autonomia, mesmo com a experiência de outras andanças e desafios, tive receio, aquele receio que todos nós temos, penso eu, quando associamos à responsabilidade de defender os melhores interesses dos açorianos, não só aqueles que diretamente nos elegeram, mas todos os açorianos porque, para isso, para lá vamos; se adiciona a responsabilidade de ser capaz de preservar e elogiar o que de melhor temos: Puxar os Açores para cima, propondo as medidas corretivas ou inovadoras adequadas. Mesmo assim o debate não foi estéril, foi aprovada a proposta de Decreto Legislativo Regional I/XI sobre o Plano de Gestão Hidrográfica dos Açores, a realização de um estudo sobre a problemática da toxicodependência e outras propostas de resolução importantes para a Região; mas, careceu de mais elevação. Por isso “quo vadis” mesmo com a possibilidade da “crucificação” seja em que debates parlamentares forem, vai ter sempre a mesma resposta; vou para junto daqueles que querem defender a nossa Autonomia e os açorianos.