A proposta de Plano para 2018 prioriza os objetivos estratégicos do Programa do Governo para a Ciência e Tecnologia, centrados em três grandes eixos: reforço do sistema científico e tecnológico regional, transferência de conhecimento para a economia açoriana e desenvolvimento do cluster aeroespacial. O novo ciclo traduz um novo caminho com novas políticas que aprofundam estes 3 eixos, a partir dos quais emergem diversos projetos que destacamos:
i) segunda fase do Programa Estratégico para o Ambiente Marinho dos Açores (PEAMA II), que responde às obrigações da Diretiva Quadro Estratégia Marinha;
ii) acompanhamento vigilante da Região nas questões do ordenamento do espaço marítimo;
iii) início do funcionamento da Escola do Mar:
iv) crescimento de 21% no programa de incentivos ao Sistema científico e tecnológico dos Açores;
v) apoio aos centros de investigação da Universidade e às empresas regionais,
vi) aumento de 14% para apoios a projetos de investigação científica no quadro da RIS3, de 44% na área da Internacionalização da Investigação, Desenvolvimento e Inovação dos Açores e de 16% na Rede de Centros de Ciência dos Açores;
vii) reforço da cultura científica junto dos mais jovens e promoção de clubes de robótica nas escolas.
Deste modo, são bons exemplos que demonstram e a nova geração de medidas de política que projetam os Açores no quadro das exigências do desenvolvimento atual.
A consolidação desta tessitura científica e tecnológica associa-se ao funcionamento, em 2018, do Parque de Ciência e Tecnologia da Terceira – TERINOV que dará novo impulso à indústria agroalimentar e à biotecnologia, bem como a construção do 2º edifício do Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel – NONAGON, destinado ao Centro Empresarial de Tecnologias de Informação e Comunicação.
Acresce o novo impulso no setor aeroespacialcom uma nova antena na estação da ESA de Santa Maria e com a dinamização da Rede Atlântica de Estações Geodinâmicas e Espaciais (RAEGE), que se estenderá à ilha das Flores, materializando, de novo, o significado real do valor geoestratégico dos Açores.
Outrossim, os avanços já iniciados no AIR Center, com sede açoriana na Terceira e o Observatório do Atlântico, com sede no Faial, quiçá reveses para os desconfiados, projetos que revelam este novo ciclo ou geração de políticas representam ambos “o ver ao longe para ter razão antes”.Na verdade, o Air Center e o Observatório do Atlântico, centralizam a resolução de problemas de modo colaborativo, mostrando também a capacidade do Governo dos Açores em envolver-se nos processos de procura de soluções partilhadas, reunindo conhecimentos e competências para alcançar o sucesso com a freima do trabalho consequente. Por outro lado, depois da espetacular retoma do emprego global nos Açores, agora, estes dois novos projetos renovam oportunidades de emprego científico e qualificante para a nossa Região. Tal como ocorreu no início com ESA e a Rede Atlântica de Estações Espaciais em Santa Maria, são redutoras as posturas dos suspicazes do Restelo perante o avanço do Air Center. Quem fala na localização do supercomputador, provavelmente, desconhece que, sendo um projeto de colaboração mundial, ficará no Minho porque aí já existem 4 Laboratórios Associados (Las) dos quais dois são o LIP (Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas), que desenvolve atividades em colaboração com o CERN e o INESC-TEC, através do CI HASLab (High Assurance Software Laboratory) que se dedica a três áreas da Informática: Engenharia de Software, Sistemas Distribuídos e Criptografia e Segurança da Informação. O Air Center é para os Açores como para os outros parceiros muito mais do que um supercomputador!
Os projetos e ações concretas descritos significam que o Governo dos Açores valoriza a ciência e a tecnologia como pilares do nosso desenvolvimento. Deste modo, interpreta-se bem as palavras judiciosas de Antero Quental quando disse que foi por falta de Ciência que nos atrasámos em relação à Europa. Defendemos a ciência e a razão para uma sociedade de paz, de sustentabilidade e de progresso. Nesta trajetória, a nossa comunidade científica é convocada para os problemas e para a sua resolução. Confronta-se com fortes desafios de responsabilidade social, abordagens colaborativas e vicariantes ajustadas ao trabalho científico dos nossos dias.
O Governo dos Açores aprofunda com este Plano de 2018 a agenda da ciência e da tecnologia presente e projeta o amanhã. Infelizmente, o maior partido da oposição já mostrou neste debate que desistiu do futuro dos Açores mostrando-se preso ao seu passado que às vezes renega, quando diz que foi há muito tempo, outras vezes adula quando acha que lhe dá jeito. Clamar e cramar parecem ser os seus verbos preferidos. A única auto reforma que lhe é reconhecida circunscreve-se às sucessivas mudanças de líder desde 1996 (já foram seis). Entibiado no seu percurso e ânimo, revela-se amiúde, defensor de propostas ora contraditórias ora inermes. A discussão do plano de 2018 tem deixado transparecer alguns partidos ensimesmados, deprimidos, erráticos e contraditórios. Senão vejamos: privilegiam as fábulas e as auto descrenças e apelam ao realismo, falam nas más heranças para mais tarde proporem menos impostos numa Região que já é exemplo disso, parecem culpar os açorianos por darem sucessivas maiorias ao PS e não se penitenciam pelo seu demérito em granjear a confiança do povo, afastados que estão da realidade. É por isso que esses partidos vão continuar a envelhecer como oposição que reincide nas mesmas críticas. Incapazes de avaliarem e medirem positivamente o que os açorianos valorizam, estão tristemente focados em medir as franjas dos problemas que valorizam. Apesar disso, é justo reconhecer que alguns partidos, em sucessivos planos têm procurado convergências com o PS e o Governo, enquanto que a postura do PSD continua a mover-se entre o anunciar que vota contra o Plano antes da sua discussão e este ano descobriu outra fórmula “votamos a favor se aprovarem as nossas propostas (leia-se todas?) ”. É a troca antecipada do diálogo pelo monólogo em que se enredam! E porque tratamos de ciência e tecnologia, parecem adotar um dos contributos de Pascal sobre a pressão mecânica que explica, por exemplo, a facilidade do romper pelo picotado. Só que neste caso, a velocidade de construção do PS e do Governo continuam superiores à vontade de destruição pela picotagem política!
O PS e o governo continuarão a procurar com confiança as melhores soluções científicas e tecnológicas, escutando e ouvindo a audiência das consciências, priorizando a sua ação para o que ainda falta fazer. Mas, sem tibiezas, neste novo ciclo de políticas, continuaremos vigilantes com os centralismos. Voltaremos a cumprir ea inovar para ultrapassar as incertezas e dificuldades do nosso tempo. Esta é a marca indelével do projeto socialista para os Açores, que se renova a cada momento, agora num novo ciclo para este tempo novo, sempre, sempre confiando no sufrágio dos açorianos de forma inequívoca.