Bolsonaro não “desilude” … Em poucos meses o PIB caiu, a violência aumentou; o orçamento da educação foi espremido e a escola pública ameaçada. Daí que sindicatos e movimentos sociais tenham convocado para 14 de junho o que poderá ser a maior greve geral da História do país. Para afastar o mal, lembrei-me de dois brasileiros: Chico Buarque e Ulysses Guimarães. Chico é um dos muitos artistas que gravou uma canção/intervenção para o novo movimento estudantil. O vencedor do prémio Camões, que esteve exilado, que afrontou a ditadura militar e que se comoveu com a nossa “festa democrática” continua… o contrário de Bolsonaro. Ulysses foi Presidente da Constituinte que elaborou a atual Constituição e, desde o tempo da tirania, exortava os seus concidadãos ao cívico dever de desprezar o medo: “o povo nos mandou aqui para fazê-la (Constituição), não para ter medo” – disse num célebre discurso na Constituinte, onde proclamou: “temos ódio à ditadura. Ódio e nojo!” -- corroborando aliás o que já havia escrito: “o medo tem cheiro. Os cavalos e cachorros sentem-no”. Esperemos que as convulsões políticas por que passa o Brasil sejam apenas crise de crescimento…