Opinião

Autono(mia)

Mais do que um ludus verbal, a autonomia sempre traduziu o anverso e o reverso da infinitude da alma açórica. A história dos Açores ensina-nos que a viabilidade das nossas ilhas é indissociável da autonomia. Aprofundar o sulco da nossa liberdade e desenvolvimento é combater o centralismo e não se deleitar com inoperantes e ineficazes agendas políticas negativas. No Dia da Região, Vasco Cordeiro apresentou propostas para continuar a mudança, mesmo que merecedoras de discussão. Outros parecem saber o que não querem, mas não sabem o que querem, e, o PSD ficou-se pela “autono(mia) de câmara baixa”. Parafraseando o jorgense João Soares d´Albergaria “um sabe mais do que diz, outros dizem mais do que sabem e o terceiro não sabe o que diz”. A Educação, o Conhecimento e a Compreensão Humana são pilares iniludíveis que possibilitam o melhor elevador social para esbater desigualdades, no contexto do entendimento humano de Locke. O desafio é permanente: quem gera a mudança não se pode deixar ultrapassar por ela. Autonomia nunca será autono(mia)…