REVISÃO DO ACORDO "A SEU TEMPO" - no âmbito do dossier da Base das Lajes, nos últimos 5 anos, o que assistimos na ilha Terceira foi a uma redução de efetivos militares, que passaram de cerca de 800 para 168 sem famílias, o tempo de serviço passou para 1 ano em vez de 3, o número de trabalhadores portugueses que era de cerca de 830 agora ronda os 400 e assistimos a um impacto de menos cerca de 50 milhões de euros na economia local. Ou seja, a ilha Terceira sentiu e viveu as consequências profundamente negativas desta decisão norte-americana, mas, as mais valias para os EUA mantiveram-se. Por isso, solicitei esclarecimentos ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, na audição que ocorreu esta semana na Comissão de Negócios Estrangeiros, sobre a posição do Estado português relativamente à revisão do acordo bilateral Portugal/EUA respeitante ao dossier da Base das Lajes, que nós açorianos e em particular o Governo Regional, consideramos "desequilibrado". Questionei que contrapartidas, entretanto, foram dadas a Portugal para que ainda assim o Sr. Ministro considere que está equilibrado o acordo? Pois, nós açorianos conhecemos bem as perdas, mas desconhecemos os benefícios. Na resposta, o Ministro explicou que o "acordo de cooperação em matéria de defesa entre Portugal e os EUA" contempla "o quadro normativo e diplomático em que podemos e devemos tratar das consequências da decisão norte-americana sobre a economia, o território e a sociedade terceirense". Augusto Santos Silva salientou que"na dimensão laboral, o essencial dessas consequências está resolvido. Na dimensão das infraestruturas, chegámos a um acordo que está a ser implementado. Resta a questão ambiental, que é a mais grave de todas" e garantiu o seu empenho em "aproveitar tudo o que o acordo permite, como quadro jurídico atual de relacionamento bilateral, para resolver as preocupações ambientais remanescentes na Base das Lajes."Portanto, a seu tempo trataremos do futuro. Por enquanto, estou concentrado em aproveitar ao máximo as possibilidades do presente, no quadro do atual acordo", disse. CORONAVÍRUS -esta semana registámos, em Portugal, os primeiros casos positivos da doença Covid-19, e na audição do Ministro dos Negócios Estrangeiros, esteve em destaque não só os resultados da economia portuguesa e em particular os dados positivos referentes às exportações, como também o impacto negativo que esta epidemia poderá vir a ter na economia.Questionei o Ministro sobre como Portugal está a preparar-se para fazer face ao impacto desta epidemia que assume uma dimensão diferente de outros riscos mundiais como a guerra comercial entre EUA e a China ou mesmo o Brexit, uma dimensão difícil até de equacionar. Apesar da economia portuguesa ter sido a que melhor resistiu à desaceleração económica de 2019, o que nos permite encarar a situação atual com serenidade, temos de estar atentos e foi isso que demonstrou o Primeiro Ministro no debate quinzenal. Além das medidas referentes à vertente da saúde, da identificação dos hospitais de referência, à elaboração de planos de contingência elaborados pelos serviços e empresas públicas, e claro pela Assembleia da República. O Governo salvaguardou igualmente os direitos laborais daqueles que, por razões de saúde pública, não possam trabalhar, continuando a receber o seu sala´rio a 100%, tanto no público, como no privado. Além disso, o Governo anunciou que continuará a monitorizar a situação e, se necessário, está em condições de lançar uma linha de crédito para apoio de tesouraria às empresas no valor inicial de 100 milhões de euros. O foco continuará na prevenção e contenção do Covid-19. Mais importante não se esqueça de algumas medidas que ajudam a prevenir a infeção por COVID-19, tais como: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir; utilizar um lenço de papel ou o braço, nunca com as mãos, deitar o lenço de papel no lixo; lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir e reforçar as medidas de higiene: lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou com uma solução de base alcoólica e evitar contacto próximo com doentes com infeções respiratórias. Proteja-se! SISAB PORTUGAL 2020- esta semana visitei o Stand dos Açores presente no Salão Internacional do Sector Alimentar e de Bebidas - SISAB, que decorreu de 2 a 4 de março, no Altice Arena em Lisboa.É sempre um orgulho encontrar tantas empresas açorianas com grande dinamismo. Os meus parabéns às empresas, ao Governo Regional, à SDEA e à Câmara do Comércio e Indústria dos Açores!