A maior conquista do 25 de Abril, depois da consagração da Liberdade, foi a criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Se hoje já existe um consenso na sociedade portuguesa a retirar da luta contra a Pandemia da Covid-19, é precisamente a vantagem para a saúde pública que decorre da existência de um SNS público, universal, geral, tendencialmente gratuito e de excelência.
Público, no sentido de ser um pleno direito de cidadania de todos assegurado pelo Estado e financiado pelos impostos pagos pelos portugueses. Universal, pelo facto de, por ser um direito, ser acessível a toda a população sem qualquer discriminação. Geral, por garantir o tratamento de qualquer patologia, desde a mais ténue constipação até ao mais agudo problema de saúde. Tendencialmente gratuito por não acarretar custos ao utente, este apenas poderá pagar, em circunstâncias muito especiais, uma taxa irrisória. E de excelência, no sentido de contar com um conjunto de técnicos altamente qualificados, equipamentos de ponta, tecnologias de última geração e terapias de vanguarda, ao nível do melhor que se faz no mundo em várias especialidades.
O que se referiu para o SNS pode ser generalizado ao nosso Serviço Regional de Saúde, quer nos seus méritos quer nas suas insuficiências. Este conta com uma estrutura distribuída por nove unidades de saúde de Ilha, que coordenam centros de saúde concelhios, três hospitais e com cerca de cem extensões de freguesia. O seu custo ascende a mais de 300 milhões de euros por ano.
Muitas vezes criticado pela oposição no passado, a verdade é que o Serviço Regional de Saúde tornou a nossa sociedade mais justa, mais solidária, mais humanizada e mais feliz. É uma das maiores conquistas da nossa Autonomia. Até agora passou com distinção um teste sem precedentes na luta contra o coronavírus.
Os Açorianos confiam no nosso Serviço Regional de Saúde. A luta contra a pandemia da Covid-19 tem reforçado essa merecida confiança.