CTT-infelizmente os CTT continuam a ser uma das principais fontes de reclamação dos açorianos. São vários os relatos que ao longo das últimas semanas fui recebendo, e se é um facto que a pandemia provocou um conjunto de constrangimentos em várias áreas, a realidade é que o problema dos CTT é antigo. A possível desculpa de o incumprimento ser resultante da ação das companhias aéreas, em particular neste tempo de pandemia, também não se revela adequada, dado que a própria SATA anunciou que neste período de pandemia alcançou um recorde no transporte de carga e correio desde que opera com o Airbus A321 Neo. A questão agrava-se quando o Presidente da ANACOM, João Cadete de Matos, salientou, na Assembleia da República, que os indicadores reportados pelos CTT relativos a 2019 são "bastante negativos em relação ao desempenho do correio para os Açores" e referiu ainda que "a situação é particularmente preocupante" e que os indicadores de qualidade são "objetivos que não são irrealísticos". Estas declarações vêm reforçar aquilo que já todos nós sabemos, algo tem de mudar. Por isso, enviámos uma pergunta ao Ministro das Infraestruturas e Habitação a questionar as medidas que estão a ser desenvolvidas para colmatar estes constrangimentos e as constantes reclamações dos açorianos. TAP-tenho defendido que é chegado o momento de começarmos a receber os turistas em segurança. Aliás temos, Governo Regional, empresários e trabalhadores, desenvolvido um importante trabalho de preparação para a retoma económica, em particular do sector do turismo, com o selo clean&safe Açores e com a recente campanha de turismo "Todos fazemos parte". O turismo tem um peso significativo na nossa Região, e não podemos ignorar a importância das ligações aéreas para este sector, e para o desenvolvimento económico e social, em especial quando falamos de uma região como os Açores. Ora, em abril deste ano, uma notícia evidenciava que o planeamento da TAP, em particular de Lisboa para a Terceira era de 2 voos por semana em maio, passando a 3 por semana a partir de 1 de junho e a voos diário a partir de 1 de Julho. Mas, a nova divulgação de voos para julho indica apenas 3 voos semanais para a ilha Terceira, e esta situação é preocupante. Foi isso mesmo que transmiti ao Presidente da Comissão Executiva da TAP Eng. Antonoaldo Neves e também ao Presidente do Conselho de Administração Dr Miguel Frasquilho e questionei se podemos contar com a TAP para ser um agente activo na recuperação e na captação de turistas para os Açores. O Dr. Frasquilho evidenciou que os critérios que presidem a definição de rotas não devem ser apenas económicos e financeiros, deve estar ao serviço da retoma da economia e salientou ainda que a definição das rotas compete à Comissão Executiva (CE), mas o Conselho "pode dar a sua opinião, pode sugerir para melhorar, pode influenciar as decisões" da CE. Ora, este ponto torna-se ainda mais importante uma vez que o Conselho de Administração está a reunir com as várias associações de turismo e também irá reunir com os Açores, e espera que estes contactos possam ser consubstanciados em parcerias. PROJETOS DA DEFESA NOS AÇORES - esta semana, esteve em audição o Ministro da Defesa Nacional (MDN) e enquanto vice-presidente do GPPS para a Defesa coloquei um conjunto de questões de âmbito internacional relacionadas com defesa e segurança e claro questionei igualmente sobre os projetos nos Açores. A realidade é que a Defesa Nacional tem feito uma forte aposta na Terceira com a criação do Centro de Operações de Space Surveillance and Tracking, um projeto dedicado ao espaço, numa altura em que a Defesa Nacional está a elaborar a estratégia nacional para o espaço. Outro projeto que tem despertado o interesse de vários parceiros internacionais é o Atlantic Center, aliás ainda recentemente o Reino Unido colocou ao MDN a mesma questão que coloquei, para quando a realização das formações a serem ministradas pelo Atlantic Center, que estavam previstas para maio e que devido à pandemia tiveram de ser adiadas? O Ministro referiu que a perspectiva é outubro / novembro, mas que tudo dependerá da evolução da pandemia. Há ainda a questão do dossier da Base das Lajes, em que o Ministro afirmou que o concurso de remoção das terras contaminadas no Cabrito encontra-se em fase de adjudicação e que em fevereiro foi celebrado um novo acordo com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e o Laboratório Regional de Engenharia Civil. Para finalizar voltei a reforçar a importância de termos uma 2ª tripulação para busca e salvamento nos Açores. O Ministro salientou que este é um desiderato deste Governo e que espera estar resolvido antes do final do ano. Ainda estava semana, recebemos outra boa notícia para os Açores, o radar meteorológico de Santa Bárbara já se encontra quase operacional! Proteja-se e proteja os seus! Haja saúde!