Opinião

cada vez mais forte

há oito anos atrás, quando álamo meneses se apresentou como candidato à câmara de angra do heroísmo, fê-lo sob o lema “angra mais forte”, sem fotografia de candidato de braços cruzados ou sorrisos forçados, apenas o seu nome sobre imagens da cidade e uma visão insular no sublema “uma ilha com futuro”.

um projecto a longo prazo, com medidas orientadas para o equilíbrio financeiro do município, a melhoria das acessibilidades e circulação no centro histórico, apostando numa estreita colaboração com as juntas de freguesia, apoiando as pequenas e micro empresas, o comércio tradicional e o turismo, com uma forte aposta na inovação, na criação de emprego e na valorização da nossa cultura, tradições e história.

em traços gerais, álamo meneses propôs-se a transformar angra numa cidade mais sustentável e amiga do ambiente, economicamente mais robusta e eficiente, conhecedora e orgulhosa do seu passado, de olhos postos num futuro mais consentâneo com as exigências dos seus munícipes e atento à evolução dos tempos, digitais e globais.

ao longo de dois mandatos, os executivos camarários deram provas aos angrenses da sua capacidade de trabalho e de resolução de problemas, de um escrupuloso cumprimento dos compromissos assumidos, plasmado numa taxa de execução próxima dos 100%, prestando contas à assembleia municipal, na qual reinou a cooperação com as forças políticas da oposição.

é óbvio que ao longo deste tempo algumas (poucas) promessas não foram cumpridas, por diversas razões, mas a esmagadora maioria foi. tomando as palavras de álamo meneses “quando se resolve um problema, surge de seguida outros tantos para resolver”.

angra está mais forte e mais aprazível, com uma grande capacidade de investimento, novos espaços públicos e em franca recuperação pós-pandemia. como angrense, apraz-me olhar para estes oito anos de mandato que agora findam, e sentir que o percurso percorrido foi no melhor sentido possível. 

ainda me lembro do fecho da praça velha ao trânsito, que tanta celeuma causou a quem prima pela conveniência de ter uma rotunda num centro histórico, mas que depois louva as grandes praças centrais de cidades europeias como expoentes máximos de urbanismo. a dignidade da praça velha e dos paços do concelho não se compadece com a instalação de uma rotunda no coração da cidade.

lembro-me da substituição da iluminação pública por leds em detrimento de lâmpadas de halogénio, melhorando a visibilidade dos transeuntes, reduzindo a factura da electricidade e, por conseguinte, a pegada ecológica da autarquia. então, até o argumento da luz ser mais fraca e não ser adequada aos condutores dos veículos foi aventado, por falta de outra ponta para criticar.

lembro-me da constante requalificação das zonas pedonais, com elevação do piso para pessoas com mobilidade reduzida, do belíssimo circuito do porto das pipas ao fanal, que muito dignifica a cidade e melhora a qualidade de vida de todos nós – residentes e visitantes.

lembro-me também da criação do parque de estacionamento do relvão, construído sob câmaras de contenção de água para impedir o problema das chuvas que tantas vezes inundaram aquela zona até ao mar, a par de várias outras intervenções, algumas menos visíveis, visando solucionar um recorrente problema de águas pluviais que inundavam estradas e transbordavam ribeiras.

lembro-me também da criação da zona de banhos do fanal, com um parque de estacionamento e o jardim josé agostinho, que acabou de uma vez por todas com o espaço baldio e ruínas ao abandono numa zona de intensa circulação de pessoas de e para a cidade, quer residentes quer turistas. ganhámos todos nós, e os banhistas também. aliás, lembro-me também do parque de estacionamento da silveira, que acabou de vez com o aglomerado selvático na época de verão que plantava carros em cima do passeio da silveira até à rotunda.

a startup angra, e a colaboração com o terinov, tantas vezes ridicularizadas como intenções inócuas, mas que agora, passados vários anos, são apresentadas como apostas inovadoras de outras candidaturas adversárias. a qualificação, a promoção da criatividade, a aposta na inovação e na transferência de conhecimento num ecossistema de microempresas com potencial de geração de riqueza é uma realidade no concelho de angra graças ao trabalho das equipas de álamo meneses.

orgulho-me dos executivos camarários que recordaram vasco da gama e afonso vi, que apostaram na história da nossa cidade para tema das suas festas sanjoaninas, alterando paradigmas antigos de rainhas e séquitos elitistas, abrindo as portas a todos e a todas, independentemente de proveniência familiar ou capacidade financeira.

uma autarquia que reeditou, editou e apoiou a criação de conteúdos sobre a sua história e a sua cultura, que recuperou, requalificou e identificou os seus marcos, geolocalizando-os e disponibilizando-os online. o recém-criado angrosfera.cmah.pt é apenas um pequeno exemplo dessa visão informativa aos residentes e visitantes.

angra está decididamente mais forte. e, caso subsistam algumas dúvidas, basta fazer-se um exercício de memória. não é difícil lembrarem-se de inúmeras outras razões para além das que os caracteres deste meu artigo me permitiram referir, para que no próximo dia 26 votem, com certeza, em álamo meneses.

escreve de acordo com o pré-acordo