Opinião

Eleições Autárquicas

No passado dia 26 de setembro os açorianos foram chamados a eleger um novo mandato para os seus órgãos autárquicos.

Os órgãos que as pessoas entendem ser o mais próximo e por isso mesmo aqueles em que as pessoas se envolvem e participam mais.

Um ano após as Eleições Regionais era natural que a injusta comparação dos seus resultados seriam tema de conversa e análise por parte de todos e, como não poderia deixar de ser, dos comentadores das rádios e das televisões.

Ouvi quase todos com muita atenção e a verdade é que praticamente todos incidiram a sua análise no fato do PS Açores ter perdido Câmaras e que isso é culpa de já não ser Governo.

Contudo, há outras particularidades bem relevantes a que que todos devíamos ter atenção ao fazer uma análise a estes resultados: o PS Açores foi a única força política que concorreu sozinha a todos os órgãos que estavam a sufrágio. Votos somados foram as listas do PS Açores que conseguiram mais votos em toda a Região. Os restantes partidos, mesmo quando coligados, ficaram aquém das suas expetativas até porque se isolarmos as localidades onde esta coligação de Governo foi a votos, foram mais os sítios onde perderam do que os sítios onde ganharam. Muitos mais! Foi o PS Açores que conseguiu eleger mais Presidentes de Câmara. Foi o PS Açores que conseguiu eleger mais deputados municipais. E foi o PS Açores que elegeu mais elementos nas Assembleias de Freguesia e por consequência, mais Presidentes de Junta.

Ou seja, o PS Açores, sozinho com os seus candidatos, continua a valer mais que outros juntos, continua a merecer a confiança da maioria dos açorianos e isso eu não ouvi nenhum comentador reconhecer.

Conhecendo o PS Açores como conheço, e reconhecendo que as análises são tão importantes agora, como foram no passado, elas terão de ser feitas. Mas não nos podemos esquecer: os partidos derrotados também terão de as fazer.

 

(Crónica escrita para Rádio)