Disse o Presidente do Governo, a propósito, de transportes marítimos de passageiros e viaturas na Região, que “o sucesso incomoda quem tem um histórico de insucesso” …
Qual sucesso? O de ter acabado com o transporte marítimo de passageiros e viaturas em toda a Região Autónoma dos Açores? Isso é que é sucesso?
Perguntem aos florentinos se estão contentes por terem perdido a ligação às outras ilhas (com exceção do Corvo) por via marítima; aos graciosenses; aos micaelenses; aos terceirenses; perguntem, até, aos picoenses, faialenses e jorgenses. Perguntem aos marienses, o que é que acham desse “sucesso, que incomoda”! Perguntem aos açorianos de todas as ilhas! E terão a resposta óbvia: um fracasso! Uma autêntica trapalhada! Uma decisão errada! 
Primeiro acabaram com o transporte marítimo de passageiros e viaturas, que tinha sido reativado, e bem, porque fizeram contas e é muito caro: acabou! Não é mais prioridade, disseram e, além disso, a União Europeia só financia barcos elétricos, mas esses, “não permite também funcionarem aqui e navegarem nos nossos mares”; agora (afinal) barcos elétricos já pode ser; serão 2 e custarão 25 M€. Quando é que estão prontos? Ninguém sabe, mas também o que é que isso há de interessar, não é? O bom, bom é que vão navegar no triângulo e os ferries virão para o grupo oriental. Ah, sim? Quando?
Entretanto, foi encomendado um estudo, cujos resultados ainda não são conhecidos, mas não faz mal. O Secretário das Finanças percebe da coisa (?) e vai daí contraria a Secretária dos Transportes, sem dó nem piedade.
Bem que o Presidente procurou levar o assunto para distâncias, mas não era (certamente) de milhas náuticas que falava… De modo que com as Festas do Senhor Santo Cristo a chegar, ficaremos todos (mais uma vez) a ver navios. E no verão, obviamente, será igual. Barcos? Não! São caros! E a coesão regional? Que se dane!