O presidente do Governo dos Açores, Carlos César, exortou sábado as empresas açorianas a adaptarem-se à realidade dos mercados actuais, de forma a assegurarem a sua viabilidade, a terem sucesso e a poderem usufruir dos novos incentivos que terão à disposição no próximo período de programação financeira dos fundos comunitários.
Falando na inauguração da nova sede e estúdios da IRIS – Audiovisuais, Lda., uma empresa regional de produção de conteúdos televisivos e multimédia, o chefe do executivo açoriano lembrou que os Açores iniciam, agora, "uma nova fase que corresponde a um período de sete anos", pautada pelo Quadro de Referência Estratégico dos Açores, com os novos programas para execução dos fundos comunitários de apoio ao desenvolvimento da Região, que serão apresentados na esta segunda-feira.
"Existem nos próximos sete anos todas as condições para que a região continue a crescer com a contribuição do investimento público e privado", disse Carlos César, advertindo, contudo, que as empresas têm de responder aos novos desafios da economia. "A fábrica que produz o que o consumidor menos procura certamente deixará de produzir ou terá que, qualquer dia, se ainda puder, passar a produzir outra coisa", frisou, apontando igualmente o exemplo dos comércio “que está fechado nos dias de tolerância de ponto da Administração Pública” não aproveitando a disponibilidade de consumidores que lhe é proporcionada.
O presidente do Governo indicou a IRIS como um exemplo de arrojo e iniciativa empresarial, num sector não-tradicional da economia açoriana, que conseguiu obter êxito ao longo de quase duas décadas, manifestando-se convicto de que o trabalho e a qualidade demonstradas pelos seus responsáveis serão garante de sucesso futuro com as novas condições do seu moderno complexo de estúdios.
Carlos César não passou, também, ao lado da recente decisão do Tribunal Constitucional, relativamente à Lei de Finanças das Regiões Autónomas, ao considerar que a sua aprovação e o aumento das verbas dos fundos europeus até 2013 constituíram "duas grandes vitórias", acrescentando que "quem menospreza estas vitórias do Governo Regional e prefere defender outras regiões, em vez de defender a sua própria, não tem sentido como interveniente na defesa do interesse público nos Açores".
GaCS/JSF