Os tempos exigem responsabilidade e não promessas vãs e circunstanciais como vimos e ouvimos no último congresso do PSD Açores.
A candidata do PSD Açores, agora, promete tudo a todos.
Se o Governo fez dez, ela faz vinte.
Se o Governo apoiou 100, ela apoia 200.
Se o Governo consegue 300, ela conseguirá 600.
Mas que não se iludam os açorianos. Não passam de promessas de circunstância, empoladas pelo mediatismo do momento.
No congresso, a candidata do PSD prometeu tudo a todos, um rol de promessas de quase uma hora, a um ritmo alucinante nunca visto.
É sanear a saúde, é escolas, é mercado interno, é região económica, é dois centros de radioterapia, é apoiar empresas, é apoiar jovens é, imagine-se, baixar as tarifas através do orçamento regional. Enfim, um rol interminável.
Não diz é como vai pagar isso tudo. Tudo acções que implicam uma gigantesca despesa pública.
E sobre este rol de promessas impõe-se uma referência à promessa de baixar os preços das passagens.
Convém lembrar que a agora candidata do PSD já foi Directora Regional dos Transportes e Presidente da Sata.
É verdade que todos nós defendemos tarifas mais baixas. É para isso que o Governo Regional está a trabalhar, nomeadamente na revisão das obrigações de serviço público, mas muito já foi feito neste capítulo.
Antes os Açores tinham muito pior. Os poucos que podiam viajar, pagavam 60 contos (300 euros) por uma passagem.
Nesse tempo, o ordenado mínimo era de 54 contos (272 euros). Ou seja, no tempo que o PSD saiu do Governo, o ordenado de um mês inteiro de trabalho de um Açoriano não dava sequer para uma única passagem para Lisboa.
A candidata do PSD nunca se indignou contra estes preços, porque não sabia como os baixar.
A verdade é que continua sem saber, tal como o Dr. Pedro Passos Coelho que afirmou no congresso deste Partido que não sabia como resolver esta questão.
Recorde-se que há vários meses que o Governo dos Açores solicitou ao Governo da República uma reunião para abordar a revisão das obrigações de serviço público e, consequentemente, baixar as tarifas. O Governo da República insiste em não receber o Governo dos Açores sobre este assunto.
Até parece que o PSD Açores pediu ao PSD Nacional para que o Governo açoriano não seja recebido antes das eleições regionais, prejudicando assim os açorianos para retirar daqui dividendos partidários e eleitorais.