Lembrou-me Charlot: a placa dizia é proibido entrar: ele arrancava a placa… e entrava!
O Primeiro tem a esperteza de Charlot, mas sem piada. Que tal rever a Constituição e marcar eleições?
Mais do que atrevido, o desejo é sintoma grave. Desde logo, do incómodo reiterado com a nossa Lei Fundamental, que é uma Constituição democrática, similar às congéneres europeias.
Depois, porque Passos não atinge o porquê da proibição de o PR dissolver a AR nos últimos seis meses de mandato, apesar da tentação dos cagarros…
E sobretudo: Passos não quer perceber que um PR, que jurou cumprir a CRP, na circunstância, nunca poderia marcar novas eleições, mesmo sema tal norma dos seis meses!
É que, desde 82 do séc. passado que o Governo não responde politicamente perante o PR, e este só pode usar a “bomba atómica” para garantir o regular funcionamento das instituições democráticas. Como é que o PR pode dissolver um Parlamento eleito há um mês e que prenuncia uma solução de governo maioritária? Porque não é do seu Partido? E, neste caso, far-se-iam eleições todos os meses, até ganhar a coligação deles? Mas eles não diziam que ganharam? Então porque é que o Governo caíu?
A Democracia custa a aprender…