Opinião

Plano e Orçamento 2016

As prioridades do Plano de Investimentos para 2016 são muito evidentes: o PS propõe-se a continuar um caminho de apoio ao emprego e de aumento da competitividade das empresas, contribuindo para a criação e manutenção de postos de trabalho e para a promoção de novas oportunidades, assumindo como factor crucial para o desenvolvimento de médio prazo dos Açores a criação de condições para que os milhares de jovens que estão no exterior a estudar e a qualificar-se possam regressar para a nossa Região e aqui aplicar o que aprenderam. Sabemos bem o enorme esforço familiar que representa ter um ou mais filhos a estudar fora dos Açores. Temos a obrigação de, através das políticas públicas que desenvolvemos, garantir o retorno do investimento que muitas famílias fazem para garantir uma educação melhor para os filhos. Passámos por momentos muito difíceis, fruto da crise internacional e do impacto das políticas de austeridade nacionais em vários setores. Durante esta legislatura, a taxa de desemprego chegou a atingir nos Açores os 18%. Mas não virámos a cara à luta. Temos desenvolvido um trabalho de apoio às famílias e as empresas e hoje a taxa de desemprego é de 12.1%, com um aumento significativo da população empregada. Estes valores não nos tranquilizam. Sabemos que nem tudo está resolvido e que as questões laborais são muito voláteis e imprevisíveis. Temos de manter uma atenção permanente a esta área, mas sabemos que estamos no caminho certo e o Plano de Investimentos para 2016 consolida esse caminho. O Plano de Investimentos do Governo dos Açores para 2016 manifesta um reforço de 8%. Estamos, assim, focados no que realmente interessa, garantir mais qualidade de vida, e garantir a sustentabilidade social e financeira do médio prazo dos Açores. É nisso que temos de nos concentrar. É isso que a grande maioria das pessoas espera de quem tem responsabilidades políticas. As prioridades para 2016 reforçam o investimento público, mantém e, nalguns casos aumentam os apoios que permitem uma redução da taxa de esforço mensal das famílias e aumentam o seu rendimento disponível. Não temos dúvidas que fruto das opções que o PS materializou ao longo dos últimos anos e que consolida com as medidas apresentadas para 2016, os açorianos têm estado menos sujeitos à austeridade. É por isso que quem se diz contra a austeridade, contra os cortes nas prestações sociais e a favor da protecção social das famílias e da utilização do investimento público para a dinamização económica e para a promoção da empregabilidade nos Açores só pode estar a favor do Plano e Orçamento para 2016. Não fazê-lo é uma abordagem tática político-partidária incompreensível, que até pode servir para amenizar as pressões internas de alguns sectores do partido, mas que é uma postura profundamente inconsequente, de quem prefere "alimentar" a cólera e o clubismo partidários, ao invés de defender o futuro dos Açores e dos Açorianos. Desses não reza, nem nunca rezará a história.