O último debate do Plano e Orçamento para 2016 mostrou mais uma vez um governo e um PS/A prestando contas e apresentando novas linhas para o futuro. O maior partido da oposição reincidiu nos erros e contradições de longa data. Imperfeições e contradições assentam bem em quem as pratica. O PSD anunciou antes do debate que reprovaria estes documentos para atabalhoadamente e de modo avulso submeter propostas ao Plenário. Depois de alguns anos a diabolizar o betão, o PSD muito falou de obras e taxas de execução. Felizmente, a retoma começa a dar-se no setor privado e alavancamento no público com a execução do quadro comunitário de apoio até 2020. As invetivas “piedosas e caritativas” da postura “social-democrata”, perante a pobreza, esbarraram no martírio a que o último governo de Passos Coelho sujeitou todo o país, chegando ao desplante de apelidar os idosos de “peste grisalha”.
O maior partido da oposição faz “política de microscópio”: vê e amplia as minudências e esquece as grandes causas estratégicas para os Açores. Agastados, amiúde, com um passado que gostam de lembrar e esquecer, incorreram na tentação da criatura querer matar o criador Mota Amaral num triste parricídio político. O desvio do PSD da autonomia fundacional correspondeu a um trajetória firme e coerente do PS neste desígnio inalienável do povo açoriano. Ao mérito do PS juntou-se o demérito do PSD. Após a fragilidade do discurso final do atual líder do PSD/Açores, percebeu-se as contas do rosário em que este se move ou melhor o calvário interno que o rodeia. A questão não é de tempo de governo, mas de quem tem capacidade de se mudar. Neste ponto, as lideranças do PSD tem-se sucedido em catadupa desde 1996. Porém, como este partido nunca muda, o povo açoriano vai continuar a não mudar a ideia que tem dele. O PS/Açores estando na linha da frente da defesa dos açorianos mostrou, neste debate, o muito que fez num cenário global de grandes dificuldades. Contudo, tem capacidade de estar insatisfeito com aquilo que ainda tem para fazer. Por isso, o governo e o PS/Açores são “sólidos com forma própria e volume constante”, enquanto que, o maior partido da oposição revela-se “o líquido que já não tem forma própria nem volume constante”. Aqui está a diferença em quem trabalha para as gerações futuras e nos que se ficam pelas táticas falhadas das eleições