ESTRANHOS NÚMEROS – O Governo dos Açores liderado por Vasco Cordeiro iniciou funções em 2012, no meio de uma fortíssima tempestade económica e social.
Vivíamos ainda assolados pelos efeitos da crise económica e financeira que abalou muitos países por essa Europa fora e num quadro de violenta austeridade imposta pelo antigo Governo da República do PSD e do CDS-PP que, recorde-se, se orgulhava de ir para além da Troika.
Num tempo em que as boas politicas regionais eram fortemente condicionadas por más políticas nacionais.
Além desse quadro muito difícil, tivemos de lidar com questões externas de enorme complexidade, fora do nosso controlo, e com impactos brutais na economia açoriana.
Mas hoje, fruto do nosso trabalho e das nossas opções políticas, estamos a entrar na bonança.
Temos hoje indicadores sobre a atividade económica, nas suas diversas variantes, que evidenciam que estamos no bom caminho, estamos no caminho certo.
Indicadores e estatísticas de entidades insuspeitas como o INE, o IEFP, o Eurostat ou entidades externas nacionais e europeias. Indicadores e estatísticas independentes e idóneas, porque ao contrário de outros, não inventamos números nem fabricamos estatísticas para sustentar a nossa narrativa.
Números e estatísticas como as que tem sido referidas pelo PSD Açores, que ninguém viu, com fontes que ninguém conhece, só um grupo muito restrito de dirigentes deste partido.
Seria importante que, de uma vez por todas, os dirigentes e articulistas deste Partido, partilhassem com todos quais são as suas fontes e quais s dados estatísticos em que se baseiam para afirmar o cenário dantesco e apocalíptico que têm afirmado.
ESTRANHOS CRITÉRIOS - Outra da narrativa que o PSD Açores e o Deputado Duarte Freitas tem vindo a tentar afirmar nos últimos tempos são as referências aos 19 anos de governação socialista e o facto de, dizem eles, o PS estar no Governo há muito tempo.
Como se a vontade do povo açoriano, que sucessivamente deu a sua confiança ao Partido Socialista, não sirva para nada.
Sobre isto é preciso que o Sr. Deputado Duarte Freitas defina quais são os seus critérios para fazer esta análise.
Isto porque, quando esteve na Madeira, no congresso do PSD, o Deputado Duarte Freitas afirmou que o Presidente daquele partido, Miguel Albuquerque, estava a iniciar um novo ciclo, com nova energia e nova ambição, mesmo depois de 37 anos de governação do PSD naquele arquipélago.
Ora, não percebemos este critério.
37 anos é pouco na Madeira, mas 19 anos é muito nos Açores, ou seja, o Deputado Duarte Freitas diz na Madeira, o que não tem coragem de dizer e de reconhecer nos Açores.
Alguns dirão que isto são fait-divers ou minudências, mas são questões muito relevantes para aferir da credibilidade política do atual PSD Açores e da sua liderança.