O Congresso do PS consolidou a viabilidade dum caminho que, se é certo que trouxe novidades, ao nível da praxe do sistema político português – reafirma a matriz social-democrata e a melhor tradição da esquerda democrática.
“Os factos mudam”, como nos lembra o título póstumo de Tony Judt. E a crise europeia e o cinzentismo centrista e conformado que tem dominado as suas instituições obrigam a optar por soluções táticas que, focadas no projeto e no compromisso, não exclua soluções e acordos que revitalizem uma política centrada nas pessoas, na descentralização e valorização do território, na salvaguarda dos direitos e num combate tenaz pela diminuição efetiva das desigualdades e pela dignidade da pessoa humana…
É pois vital retomar a essência do socialismo democrático, e de contribuir com firmeza para uma Europa digna dos seus fundadores.
Que alguns setores protestem democraticamente contra o atual Governo, é natural. Mas também é tempo de preferirmos essa realidade àqueloutra de, por preconceito, estarmos nós na oposição a protestar contra políticas erradas e injustas!
Daí também a assumida e vital importância nacional de prosseguir o projeto socialista autonómico nos Açores.