Amanhã é feriado. Dia 1 de dezembro. Dia da Restauração. Um qualquer manual de História e Geografia de Portugal do 2º ciclo explica a origem e a motivação deste feriado. É tão primário que é inaceitável a facilidade com que se anulou durante anos. É muito mais que a reposição de um feriado(s). É a dignidade de um povo. É a valorização da qualidade de vida e o conceito de produtividade das sociedades modernas, que não se associam a “facilidades” e “imposições” que lhes queiram associar. Com o amanhã que é feriado termina o mês em que em que se assinalou um ano de governação socialista com apoio parlamentar do BE, PCP e Verdes.
Facilidade e imposição, duas palavras que o anterior Governo da República manuseou ideologicamente no seu plano de ação de destruição da classe média, da criação de pobreza e no aumento das desigualdades e um aumento da pobreza infantil que terá anos de carimbo. A direita representou, longos, quatro anos de retrocesso social em Portugal, na culpabilização individual de cada cidadão para com a crise, e na sua imagem para o exterior.
Não há mar de rosas, mas o país voltou a reencontrar um processo de normalidade.
A solução governativa inovadora em Portugal só poderia ter sido assinalada como foi: de porta aberta à sociedade. António Costa lidera soluções conciliadoras e modernizadoras na política portuguesa.
Vive-se hoje uma solução governativa sustentada com resultados positivos, desde logo com a necessidade imperiosa de repor rendimentos das famílias e dos trabalhadores.
O PS não está mais ou menos à esquerda. O PS está, onde sempre esteve, um partido do centro-esquerda progressista. Não é o suporte parlamentar do BE, PCP e Verdes que flameja a mais valores de esquerda. Na memória que pode ser curta, mas que a história se encarrega de relembrar, o PS sempre se afirmou na defesa de conquistas civilizacionais e que reforçam a dignidade da pessoa humana. São exemplos o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a despenalização da interrupção voluntária da gravidez e a descriminalização do consumo de “drogas” – que como muito bem lembrou o juiz conselheiro do supremo tribunal de justiça, Eduardo Maia da Costa, nas IV Jornadas de Direito, “ a uma despenalização não se segue, a médio prazo, um aumento exponencial do consumo”, aditando”, a lei não é o único fator que motiva o consumo”, recordando que o aumento do consumo era, à data, um dos receios dos que se afirmaram contra a despenalização do consumo.
O PS é um partido de iniciativa e reformista pela proteção social e a convicção da valorização salarial, desde logo pelo aumento do salário mínimo.
Um ano após a tomada de posse, o regresso dos feriados é um pormenor de normalidade. O “quadro de normalidade democrática” vive-se nos números do desemprego que baixam, no número de empresas que aumentam, no respeito das instituições europeias pelas nossas opções políticas e na certeza do imenso trabalho a realizar para renovar a confiança dos portugueses no PS em 2019.