O PS/A aprovou, no passado sábado, a lista de candidatos às eleições legislativas de 6 de outubro. Após pronúncia de todos os secretariados e comissões de ilha, o processo culminou com a apresentação pelo Secretariado Regional à Comissão Regional de uma lista de personalidades que terão a honra de representar o Partido Socialista no próximo acto eleitoral, a qual foi aprovada por unanimidade e aclamação. Como já referimos neste espaço, fazer listas é sempre um processo complexo. Acontece que, como em tudo na vida, uns têm mais jeito e outros não têm jeito nenhum.
O PS/A integra o primeiro grupo. Um Partido organizado, plural, com uma liderança clara, autónomo de Lisboa ou Porto, com calendário e tempo de decisão próprio. E aí está mais uma prova. Após o anúncio público da decisão de Carlos César em não continuar como Deputado à Assembleia da República, o que em qualquer outro partido significaria uma enorme crise política, o PS/A, serenamente, respeitando o calendário previamente estabelecido, procedeu às suas escolhas. E que escolhas! A continuidade da Lara Martinho e do João Castro, pela capacidade de trabalho demonstrada ao longo dos últimos 4 anos na defesa intransigente dos Açores, era expectável e, acima de tudo, justa. Qualquer decisão, ainda que sempre subjetiva, tem que assentar em critérios objetivos. Não nos competindo neste fórum dissecar tais critérios, ficamo-nos pelo saldo final.
O resultado do trabalho dos 3 Deputados eleitos pelo PS/A nas eleições de 2015 é claramente positivo. Os Açores ganharam muito com o desemprenho proativo e reivindicativo dos Deputados do PS/A. Evidentemente, que ter Carlos César como Presidente do Grupo Parlamentar foi decisivo. Carlos César, pela sua dimensão política, dispensa toda e qualquer tentativa de argumentação ou afirmação sobre o óbvio. O seu futuro político, seguramente, trará novos capítulos que aumentarão ainda mais o orgulho do Povo Açoriano em tão ilustre representante. Mas voltemos às escolhas do PS/A.
Agora, especificamente, à escolha para cabeça de lista. Comecemos por uma declaração de interesses. Falar ou escrever sobre a Isabel Almeida Rodrigues é muito difícil. A amizade que nos une faz com que sejamos ainda mais parciais. A Isabel é um quadro brilhante do PS/A. E aqui começa o nosso orgulho. O PS/A tem quadros brilhantes. O PS/A não tem medo de anunciar uma militante. O PS/A escolhe, a cada momento, aqueles que entende serem os melhores. Sejam eles militantes ou independentes. Homens ou mulheres. A Isabel é a primeira mulher a encabeçar uma lista do PS à Assembleia da República. A sua competência, experiência, profissionalismo e capacidade de trabalho justificam, plenamente, esta distinção. A Isabel, pela sua inteligência, sabe que a fasquia está elevadíssima. Ou melhor, está à altura dela. Os Açores, com a Isabel na Assembleia da República, continuarão sempre na agenda política e, consequentemente, na senda do progresso.