... Naturalmente. Também defensores da família, embora com um conceito dela muito peculiar. E ainda patrioteiros, mas só da bola, e sempre com esgares muito proprietários.
Na passada quinta-feira, foi aprovado, pela primeira vez na História da nossa democracia um programa de governo, cujo líder foi constituído formalmente arguido. Estamos a falar, é claro, da Madeira sem jardim...
Tal aconteceu com os votos favoráveis do PSD, dos dois deputados do CDSe da deputada do PAN, a respeito de cuja ideologia ficamos conversados, depois desta irreprimível vocação para animal doméstico da direita.
Mas é claro que foi a abstenção "à Pilatos" da Iniciativa Liberal e de três deputados do "Chega" que viabilizaram Albuquerque, naquele que é mais um governo de todas as direitas: quando é o Poder que está em causa, toda a direita "lava mais branco"!
 Coerência e princípios? Isso é "paleio" para boi dormir... Pois então não foi André Ventura que, há dias e por iniciativa própria, dizendo desde logo do seu respeito pela Autonomia, que de Lisboa garantia que "chegava", e o voto da agremiação era, só podia ser, contra?... Mas não é essa a irmandade que gosta de brincar aos polícias e ladrões, trazendo já de casa o respetivo cassetete?... Mas "ladrão", já se sabe, é pobre e cheira a rendimento mínimo, e nunca chegou, nem chegará às índias da gente de bem!
Mas, também e ainda, se sabeque se o protagonista fosse mais ou menos esquerdalho, e falado ou escrito pelos magos de Belém, que escandaloso escândalo não seria. E o próprio, pobre de fineza, mas rico em vergonha, haveria imediatamente de demitir-se, em nome duma velharia fora de moda, a que alguns ainda chamam de ética republicana...